Normalmente, as pessoas só prestam atenção na saúde vocal quando apresentam alguma alteração na qualidade da voz. O professor Domingos Hiroshi Tsuji, médico otorrinolaringologista do Hospital Paulista, explica que a melhor forma de cuidar da voz é a prevenção, ou seja, realizar avaliações periódicas com um especialista.

A voz é o som básico produzido pela laringe, por meio da vibração das cordas vocais. É o instrumento de trabalho de muitos profissionais como professores, cantores, radialistas, atendentes de telemarketing, secretárias, vendedores, entre outros.

Quando um indivíduo apresenta algum distúrbio na laringe, ele pode se apresentar clinicamente com a voz alterada, comprometendo sua fala e comunicação. Disfonia é qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz.

A disfonia pode se manifestar de várias formas: esforço à emissão da voz, dificuldade em manter a voz, cansaço ao falar, rouquidão, falta de volume e projeção, perda da eficiência vocal e pouca resistência ao falar.

Existem inúmeras causas de disfonia que se manifestam ora como sintomas secundários, ora como principais. O diagnóstico precoce por um especialista é fundamental para um tratamento adequado e menos agressivo.

O professor Hiroshi dá algumas dicas de ações preventivas e fundamentais para a boa saúde da voz:

· Beba bastante água durante o dia;

· Procure o acompanhamento de um especialista se a voz for fator preponderante para sua profissão;

· Evite automedicação e soluções caseiras;

· Faça um repouso da voz, após muito tempo de fala;

· Mantenha uma postura correta da cabeça e do corpo durante a fala.

O especialista ainda adverte que é preciso ficar atendo às variações da voz. Por exemplo, a rouquidão provocada por gripe ou resfriado pode ser tratada por um clínico geral. No entanto, se persistir por mais de duas semanas ou se não tiver uma causa evidente, é recomendável procurar um otorrinolaringologista para que seja realizada uma avaliação mais precisa.