Pensei que não mais escreveria sobre esse tema homofóbico. Contudo, mais uma vez sou obrigado a fazê-lo porque, mais uma vez, um casal gay foi espancado em São Paulo, em plena Avenida Paulista, área central da cidade. Não sou defensor da homossexualidade, mas defendo que cada um deva viver sua vida como lhe for melhor e mais prazerosa. Há dias, quando um pai e um filho passeavam de mãos dadas e só por isso foram confundidos como “casal gay”, mesmo o pai tendo informado que a pessoa com quem ele passeava de mãos dadas era seu filho biológico, escrevi e publiquei aqui mesmo sobre esse tema. Mais uma vez, porém, é a intolerância social homofóbica contra homossexuais está se manifestando. A homofobia é o “termo utilizado para descrever uma repulsa face às relações efetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista e da discriminação anti-homossexual” (definição no site mantido pelo site da Associação de Jovens LGTBS). Ao contrário do pai e do filho que caminhavam de mãos dadas também e, por isso, apanharam por terem sido confundidos como um casal gay, agora um casal de homossexuais, o analista fiscal Marcos Paulo Villa e seu companheiro, saíram de um bar, caminhavam pela Avenida Paulista, quando foram abordados por um grupo de pessoas. No espancamento, um levou um murro na boca e se defendeu e o outro desmaiou em razão do brutal espancamento e teve uma perna quebrada. Em uma sociedade de maioria heterossexista, a heterossexualidade é tida como normal e todas as pessoas são consideradas heterossexuais, conforme acrescenta o site da Associação de Jovens LGTBS, que conclui “a heterossexualidade é tida como “natural” em termos de estar próximo do comportamento animal, quer em termos de ser algo inato, instintivo e que não há necessidade de ser ensinado ou aprendido”. Como assistente social, fui orientado na Faculdade a não discriminar as diferenças, não ser intolerante e conviver com o diferente. Como a homossexualidade ainda é uma coisa diferente na sociedade, temos que aceitá-la, não discriminá-la, não questioná-la, enfim, viver com eles como fossem pessoas iguais a nós pois foi provado que a homossexualidade não é uma doença como se pensava no passado, mas uma opção individual de cada pessoa. Diga não à intolerância!
|