Neste dia em que se pretende homenagear os professores, aproveito para tecer algumas considerações a respeito da educação. O meu ponto de referência é Ubatuba, um lugar de grande potencial, mas inadequadamente aproveitado. Só a educação poderá mudar as mentalidades. Invistamos verdadeiramente nela. 1- Alguns pais querem que os professores sejam os pais de seus filhos; 2- Boa parte dos alunos, apesar de se posicionarem contra a corrupção e tantas anomalias vergonhosas da sociedade, pratica a corrupção; 3- A educação formal exige educação informal, trazida de casa, do meio familiar e comunitário que rodeiam os alunos; 4- Alguns professores, apesar de idealistas, não resistem à sensação de “serem jogados às feras”; 5- No Ensino Médio, onde já está potencializada a cidadania (alguns alunos até já são eleitores), predomina a “lei do mínimo esforço”, de “querer ser empurrado” por força da lei. De acordo com o que ouço, é o que se verifica até mesmo em escolas particulares, onde os pais desembolsam uma quantia monetária razoável a cada mês; 6- O projeto educacional do Estado, mais do que solução é demagogia. É a constatação a cada mudança de governantes; 7- A culpa maior segue a lógica popular de que “a corda sempre se rompe do lado mais fraco”. Então... o professor, sequer respeitado por alguns estúpidos alunos, é o culpado pelo fracasso educacional. Ontem, 14 de outubro, véspera do Dia do Professor, encontrei uma mestra entregando uma criança no Conselho Tutelar porque, depois de horas, os pais não foram à escola buscar o seu rebento. E isto não é hábito somente de um pai ou de meia dúzia de pais. Mas... hoje, assim como todos os dias, eu desejo a todos os professores um feliz dia! Saudações. Wendell Pestallozzi wenllozzi@gmail.com
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