Na nutrição e na medicina não existem fórmulas mágicas, mas muitas pessoas acreditam que, só com o consumo de um determinado produto, pode acontecer um “milagre” para diminuir peso com facilidade. Dagmárcia Neuxa David, nutricionista da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais, explica que é preciso ter cuidado com o consumo da ração humana para que os resultados não sejam contrários aos esperados.

“A ração humana é uma mistura de cereais e sementes indicada para pessoas que querem perder peso, mas não há uma fórmula mágica do emagrecimento”, ressalta. O produto é composto por açúcar mascavo, aveia, cacau, fibra de trigo, farinha de arroz integral, farinha de casca de maracujá, farinha de milho, extrato de soja, gergelim com casca, gérmen de trigo, guaraná em pó, levedo de cerveja, semente de linhaça e quinua, ou seja, “sua composição é rica em gorduras de boa qualidade, minerais, vitaminas, carboidratos e fibras alimentares”, completa.

De acordo com a nutricionista, embora a principal indicação seja para o emagrecimento, “se a pessoa comer demais e inadvertidamente poderá engordar, pois a mistura contém muitos componentes calóricos”, alerta. Para obter resultados satisfatórios é preciso ter atenção e seguir a orientação profissional. “Algumas dicas são muito importantes, como ingerir bastante água para evitar a constipação intestinal e consumir com moderação, apenas de uma a três colheres de sopa por dia, acompanhadas de uma dieta saudável, equilibrada e adequada às necessidades individuais”, aconselha.

Além disso, Dagmárcia diz que se a pessoa possui doenças crônicas como diabetes, hipertensão e doenças relacionadas à intolerância ao glúten, como psoríase e artrite reumatóide, é preciso ficar ainda mais atenta aos ingredientes que podem agravar essas enfermidades, como açúcar mascavo, guaraná em pó, cacau, entre outros.

A nutricionista concorda com a ingestão supervisionada da ração humana, mas alerta: “Uma pessoa saudável, que come normalmente todos os tipos de alimentos, não precisa de suplementos nem complementos alimentares”, finaliza.