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Opinião
24/10/2011 - 12h10
Mais cultura, maior justiça social
Mario Cesar Ralise
 

Os novos meios de comunicação, a agilidade das informações e do processo de globalização social estão promovendo mudanças profundas nas formas de relacionamento da nossa sociedade. As demandas da população também se transformam e cada vez mais a cultura ocupa espaço importante na vida do cidadão. Essa percepção não é recente, como bem mostra a letra “Comida”, dos Titãs, que embalou toda uma geração na década de 1980 com o refrão reivindicatório: “A gente quer comida, diversão e arte”. Com isso, os produtos culturais vêm galgando papel de relevância não apenas pelo viés de lazer e diversão. Ganha corpo a noção de que cultura é instrumento para crescimento de todo cidadão, não somente na vida pessoal como também na profissional.

Os produtos culturais são os mais variados hoje e, muitos deles, disponíveis por meio de um simples toque numa tela de Ipod, ou de qualquer uma dessas novas ferramentas tecnológicas. Desde o convidativo jogo cibernético até a velha brincadeira de roda de nossos avós fazem parte desse complexo acervo da nossa cultura. Uns acabam esquecidos, em desuso, mas outros têm uma imensa possibilidade de transformação a despeito do tempo. Nesse contexto, o teatro, aquela antiga forma de expressão humana tanto valorizada pelos gregos, resiste e preserva ainda uma função essencial na vida humana - a troca imediata de emoção e aprendizado existente na relação direta entre o ator e o público.

A concorrência tecnológica não foi capaz de substituir o interesse do público pelas comédias e tragédias humanas do teatro, provocando a catarse coletiva ainda presente nos nossos espetáculos. Há dez anos, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP) constata essa verdade com o Programa Mosaico Teatral, que leva espetáculos premiados para cidades do interior de São Paulo, numa ação descentralizada e que atende todos os anos centenas de pessoas. O número de apresentações cresce a cada ano e são sucesso de público, reafirmando a “fome” de cultura do nosso público.

De uma maneira ou de outra, a sociedade percebe a importância da produção cultural para a sua sobrevivência, seja por meio das novas tecnologias ou por tradicionais formas culturais. As duas vertentes podem conviver pacificamente ou até mesmo manter sintonia, sem qualquer perda. Independentemente do caminho, a cultura é cada vez mais essencial para uma sociedade que vislumbra um futuro melhor. A própria Organização das Nações Unidas aponta em seus Relatórios sobre o Desenvolvimento Humano que entre os mais importantes indicadores de desenvolvimento de uma sociedade está o acesso pleno à cultura. Contribuir para manter e ampliar essa oferta de produtos culturais é garantir às futuras gerações a possibilidade de desenvolvimento intelectual, cultural e emocional. O nosso desafio é estender essa oportunidade de maneira descentralizada e assim como no cooperativismo, fazer com que essa difusão cultural também contribua para maior justiça social.


Nota do Editor: Mario Cesar Ralise é gerente do Departamento de Promoção Social do Sescoop/SP.

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