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Opinião
27/10/2011 - 17h04
A Nação e a presença militar
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O alerta do comandante militar da Amazônia, general Eduardo Dias da Costa Villas Boas, feito segunda-feira (24), no Senado, de que o Brasil corre o risco de passar da condição de rota internacional de tráfico para a de produtor de cocaína, exige muito empenho do governo e das instituições para que isso não venha a se concretizar. Há que se empreender, de imediato e com seriedade, todos os esforços para evitar mais esse mal sobre o nosso país, hoje já conflagrado pelo tráfico, que tanto sofrimento e prejuízo causa a milhares de brasileiros e à sociedade.

A existência de plantações de coca e de laboratório de refino encravados na faixa de fronteira da Amazônia peruana e brasileira, e a presença de traficantes mexicanos na área, já identificadas pelos serviços de informações das polícias e dos exércitos são a indicação clara de que o Estado brasileiro se faz presente na área, mas precisa reforçar ainda mais a sua ação, com serviços efetivos de ocupação e assistência à população para evitar que os negócios criminosos assumam o controle. Prevenir, certamente, será menos oneroso do que futuramente reprimir.

Quando leva aos senadores essas informações e a preocupação com os movimentos na fronteira, o general Villas Boas cumpre o seu dever e presta um grande serviço à Nação. Bastará, agora, que o governo, por seus meios – inclusive o próprio Exército – desenvolva na área atividades enérgicas e eficientes que desencorajem os cocaleiros de entrar em nosso território. Isso se faz, entre outras coisas, reforçando a presença do Estado e oferecendo os serviços básicos para a população viver regularmente e “ter o que perder” se vier a envolver-se com atividades criminosas.

A presença das Forças Armadas tem sido fundamental ao país. As expedições do marechal Rondon, os batalhões de engenharia, as ações sociais junto às populações vulneráveis, o correio aéreo e a própria fixação de fronteiras são obras que construíram o Brasil de hoje. Os militares e suas ações fazem a integração nacional. Suas informações, colhidas em campo e devidamente processadas, são instrumentos importantes e seguros para abastecer os governos dos diferentes níveis e promover o bem-estar geral.

A ação militar transcende fronteiras. Além de suas obrigações constitucionais, os exércitos, marinhas e aeronáuticas de todo o mundo têm missões adicionais, que fazem parte de sua essência e natureza. Em tempos de paz fazem tudo para mantê-la, prestam serviços às populações e servem aos governos, mas precisam sempre estar preparadas para a guerra. Se, um dia, a guerra acontecer, a obrigação de defesa nacional é dos militares. Daí a necessidade de manter uma estrutura de informação bem organizada, atualizada e constantemente ativa...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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