A osteoporose é uma doença do osso caracterizada pela diminuição da densidade óssea, ou seja, o osso torna-se mais fino e poroso. Essa alteração enfraquece o osso, tornando-o mais susceptível a fraturas após algum trauma ou até a fraturas espontâneas. Os médicos Mauro Scharf, endocrinologista do Frischmann Aisengart e Natasha Slhessarenko, do Cedic e Cedilab explicam esta doença e suas causas. Segundo o médico, os fatores de risco para desenvolver a osteoporose incluem fatores genéticos e ambientais. Os mais comuns são: história familiar de osteoporose; raça branca ou asiática; baixo peso e baixa estatura com ossatura delicada; mulheres após a menopausa, sem reposição hormonal; idade avançada; uso prolongado de determinados medicamentos, tais como cortisona, heparina, anticonvulsivantes e metrotrexate; doenças que levem à imobilização ou repouso prolongado; alimentação deficiente em cálcio e vitamina D; alcoolismo e tabagismo; uso excessivo de café; doenças de evolução prolongada que afetem a calcificação do osso, como algumas doenças reumatológicas, endócrinas, genéticas e hepáticas; sedentarismo. Natasha lembra que ser do sexo feminino é um fator de risco muito importante para osteoporose. “Sabe-se que uma em cada três mulheres desenvolve osteoporose no período pós-menopausa, enquanto nos homens acima de 60 anos apenas um em cada seis a desenvolve. Isto é explicado essencialmente pela diminuição do estrogênio (principal hormônio produzido pelos ovários) após a menopausa, hormônio este que no sexo feminino tem importante ação protetora contra a perda óssea”, revela. A médica alerta que a diminuição da massa óssea, mesmo em níveis que podem ser caracterizados como osteoporose, normalmente não acarreta sintomas. Ela explica que a osteoporose funciona, dessa forma, como um “ladrão silencioso” que, de maneira lenta e progressiva, promove a perda de massa óssea, até que o osso fique tão fraco a ponto de não suportar o esforço mecânico, ocorrendo a fratura. Neste momento, ou seja, já num estágio mais avançado da doença, o paciente pode apresentar dor. Mauro Scharf relata que as fraturas mais comuns são as fraturas de vértebras (compressão com achatamento da coluna levando à diminuição da estatura), fraturas de quadril, punho, costelas e colo do fêmur. De acordo com Scharf a falta de prevenção da osteoporose resulta em algum tipo de fratura em metade das mulheres ao redor dos 70 anos e em duas em cada três mulheres aos 80 anos de idade. “Percebemos, portanto, a grande importância das seguintes medidas preventivas: alimentação rica em cálcio, como leite e derivados, vegetais de folhas verdes, carnes e peixes; exposição regular ao sol, já que o sol é necessário para a formação de vitamina D no organismo; praticar exercícios regularmente (pelo menos três vezes por semana), estando indicados em especial exercícios tais como caminhar, correr, dançar, jogar tênis e exercícios com peso que, além de efeitos diretos sobre o osso, aumentam o tônus e a massa muscular, melhorando o equilíbrio e prevenindo as quedas; evitar os fatores de risco para osteoporose relacionados anteriormente”, indica. Por fim, Scharf reforça que, uma vez diagnosticada a osteoporose e identificada a sua causa, medidas terapêuticas tais como a prática regular de exercícios, exposição ao sol, alimentação rica em cálcio e, em alguns casos, medicações específicas para manter a massa óssea e tratar a menopausa são indicados.
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