| Hugo Simeão |  | | | Trecho da praia Grande em Ubatuba mostra a superlotação da praia mais freqüentada do município. |
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Com esta frase, simplista, o Joaquim da padaria definiu o movimento financeiro da temporada. Claro que há exceções, mas na verdade, o diagnóstico geral é que precisamos de um choque de qualidade e que não suportaremos mais algumas temporadas, dadas as mesmas condições, com esta quantidade de visitantes. Não há infra-estrutura para receber tanta gente, muitos, muito mal educados. Do lado do comércio, como sempre, os aproveitadores da nossa incapacidade e do nosso despreparo, colhem, como seus, os nossos frutos. Aqueles frutos, que esperamos o ano inteiro para amadurecer. Um verdadeiro saque! Desnecessário citar que me refiro a (mais) duas coberturas, que acobertam dezenas de novos, transfigurados e travestidos ambulantes. A eles, somam-se todos os demais Fast Moneys. O que é de se estranhar é o silêncio cômodo e passivo, da Associação Comercial, diante destes elefantes multicoloridos. A quais interesses a Associação serve? Estes tipos de negócios itinerantes e descompromissados servem apenas a diferentes tipos de eventos e feiras e pagam regiamente pelos espaços que utilizam. São inconcebíveis para a cidade. Aqui, são apenas concorrentes desleais que com toda sua infra-estrutura "vazia", funciona como "isca" e, diz a máxima, que é, de acordo com ela, o bicho que vem! Que mercadorias especiais elas oferecem que não podem ser encontradas no comércio local? Preços melhores? São milagrosos? Não! Ali, o CNPJ deve ser coletivo. Espero que este verão sirva de alerta e de exemplo para que, no próximo, estejamos preparados e organizados não para suportar o insuportável, muito menos para administrar o caos, mas para impor ordem e disciplina em todas as atividades lúdicas, de lazer, de entretenimento, no uso e no trato das coisas e dos espaços que são públicos, mas como vivemos aqui, estão sob nossa guarda.
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