Com a vacinação em dia, você estará até 95% imune ao vírus
A primavera chegou e, com ela, um incômodo muito comum da infância: a catapora ou varicela, que acomete os pequenos nesta época do ano. Segundo o pediatra da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais, Dr. Alexandre Arias, nesta estação o vírus Varicela-zoster, dissemina-se mais facilmente. A prevenção, segundo ele, se dá, principalmente, por meio da vacinação, mas ela também pode se tornar perigosa se não for tratada de forma adequada. A vacina que previne a catapora está disponível na rede privada, na rede pública de saúde apenas para os grupos de risco. “Pode ser aplicada a partir de um ano de idade, sendo necessária uma segunda dose de reforço aos quatro anos. Adultos suscetíveis à doença também podem receber duas doses da vacina, com intervalo de 30 dias. Além da vacina, é recomendado que as crianças com suspeita de varicela evitem ir à escola e procurem atendimento médico para confirmar diagnóstico e receber tratamento adequado”, destaca. Esse vírus causa lesões na pele que coçam muito são difíceis de reconhecer, pois, segundo o pediatra, existem vários estágios das lesões ao mesmo tempo (máculas, pápulas, vesículas e crostas), e podem ser acompanhadas por febre. “A varicela é altamente contagiosa e é transmitida dois dias antes do aparecimento das lesões, até cinco a sete dias após início dos sintomas, necessitando afastamento do trabalho ou escola por um período de uma semana”, explica. Dr. Alexandre Arias também diz que, apesar de ser uma moléstia benigna e auto-limitada, em alguns casos pode evoluir para uma forma mais agressiva e causar complicações, como infecção das feridas de pele, pneumonia, meningite, acometimento ocular, miocardite, sepse (infecção sistêmica grave), por isso, ter um acompanhamento médico é muito importante, principalmente, no caso das gestantes que, se forem contagiadas, podem colocar em risco o bebê, alerta o médico. O tratamento é simples e feito com medicamentos que aliviam os sintomas de febre e coceira e, mais uma vez, o médico alerta sobre os perigos da automedicação. “Quem está com varicela não pode tomar AAS (aspirina), pois pode complicar a doença. Em alguns casos, é necessário o tratamento com medicamentos específicos e mais fortes”, complementa. A boa notícia é que uma dose de vacina previne formas graves em 95% e formas leves da doença em 85%. “Por isso é necessária a segunda dose da vacina, para aumentar a eficácia em evitar formas mais leves da doença. A vacina é composta de vírus vivo atenuado e, por isso ,não pode ser aplicada em pessoas com baixa imunidade”, explica o pediatra.
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