21/08/2025  19h59
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
25/11/2011 - 11h00
A nefanda informalidade que mantém o Brasil
Sylvia Romano
 

De acordo com números oficiais, o Brasil está no 57º lugar entre as economias mais pobres do mundo.

Para se chegar a esse patamar foi levada em conta a economia formal, ou seja, aquela que paga todos os impostos previstos em lei - e que mantém toda uma infraestrutura governamental privilegiada e encastelada -, é espoliada por interesses políticos e, principalmente, sugada pelos altos juros e pelos nababescos salários recebidos pela maioria dos que fazem parte da corte instalada junto aos poderes constituídos.

Por outro lado até que o País vai bem, mesmo utilizando-se da informalidade do emprego e tendo gente muito barata se sujeitando a ela para poder sobreviver.

No Brasil todos os números são gigantescos e espantam, sobretudo os civilizados e quebrados europeus, que se atêm à nossa extensão territorial e ao número de nossos habitantes permitindo-nos entrar no grupo dos países G20, os mais fortes economicamente do mundo.

No recente episódio da “pacificação” da favela da Rocinha, alguns números do mercado de trabalho local, excluindo-se o tráfico, demonstram bem o peso da informalidade na manutenção da economia brasileira. Foram descobertos, em pleno funcionamento e empregando milhares de trabalhadores, 1.041 bares ou biroscas, 641 salões de belezas e vários outros tipos de atividades econômicas na mais completa e primitiva categoria da relação capital X trabalho, que é a informalidade. Esses estabelecimentos não são oficializados, não possuem registro algum, nem recolhem impostos de qualquer natureza e sequer fornecem segurança aos seus colaboradores, conforme a lei exige. Mesmo assim, alguns milhares ou milhões de reais transitam e trocam de mãos todos os dias por aquele imenso mercado de trabalho, mantendo dessa forma a sobrevivência de muitos brasileiros - alguns até com um padrão de vida muito superior a trabalhadores com carteira assinada e protegidos pela nossa legislação, como atestam os valores de venda e locação de moradias na Rocinha.

Ao ter conhecimento dessa realidade, percebo mais uma vez como advogada trabalhista a urgência de se repensar e atualizar a relação empregador x empregado, pois com a atual legislação protecionista que prima por penalizar e extorquir empreendedores e empregadores através da imposição do pagamento de altos impostos e da concessão exagerada de benefícios aos seus colaboradores, a informalidade só tende a crescer, pois dentro da formalidade exigida por nossos governantes não há nenhuma possibilidade de sobrevivência empresarial. Os números estão aí e confirmam este meu pensamento.


Nota do Editor: Sylvia Romano é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo. E-mail: sylviaromano@uol.com.br.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.