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Opinião
06/12/2011 - 07h04
Ministério, coação partidária
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O ministro Carlos Lupi não aguentou as pressões e, apesar de todo o seu rompante - “só se for abatido a tiro”, “amo a presidenta” etc. -, foi obrigado a pedir demissão. É o sétimo ministro a cair em 11 meses de governo, o sexto atropelado por casos de corrupção. Antes mesmo de consumada sua queda, já começava a disputa entre os partidos políticos pela indicação do novo titular do Trabalho. Um espetáculo que pode ser comum ao meio político, mas soa degradante à população, que vê a classe com maus olhos.

A dinâmica que leva à eleição dos governantes e escolha de seus auxiliares, infelizmente, faz parte de um complexo jogo. Com toda a certeza, esses errantes, que turvaram a imagem do governo e, com suas crises, levaram a instituição a perder o foco e a eficiência, não são da escolha da governante, mas indicações possíveis dentro do quadro de governabilidade. Tanto que parte deles já veio dentro do pacote formado no governo anterior.

Bom seria se, em vez de cotas-partes aos chamados partidos aliados, o governo fosse constituído por indivíduos familiarizados às áreas onde deverão atuar. Advogados ou membros do Judiciário e Ministério Público para a área de Justiça, professores para a Educação, militares para a Defesa e assim por diante. Logicamente, dentro desse raciocínio, o ministro do Trabalho deveria ser um trabalhador. Também poderia se pinçar, com sucesso, figuras de destaque e respeito do próprio funcionalismo ou, ainda, buscar especialistas nas universidades. Aos partidos, deveria ser reservada exclusivamente a nobre missão de fiscalizar, discutir e votar as medidas do governo, com toda independência, sem a promiscuidade política hoje reinante.

Do jeito que hoje se dá o relacionamento dos governos com os partidos e as casas legislativas, pode acontecer de tudo, menos o cumprimento da finalidade pública dos órgãos. Presidente, governadores e prefeito, em vez de irem buscar os melhores auxiliares para com eles colaborar na tarefa de governar, entregam os cargos aos indicados dos partidos. E os senadores, deputados e vereadores, diante do rabo preso de seus partidos, decorrente da ocupação de cargos no Executivo, não cumprem adequadamente a função de fiscalizar a coisa pública. O grande prejudicado por esse imenso balcão de negócios é o povo, que não recebe os serviços de seu direito.

O Brasil, hoje uma florescente economia, precisa corrigir seus vícios. Tem de direcionar a imensa carga tributária que cobra da população à realização de serviços públicos de qualidade. Precisa acabar com o loteamento da máquina administrativa e exigir que ela seja eficiente, jamais moeda de troca. Oxalá a presidenta, diante de tantos dissabores vividos nesse início de governo, tenha forças para nomear um ministro do Trabalho que tenha a ver com o setor e possa, a partir de então, fazer o mesmo nas futuras trocas, sem a interferência de partidos, centrais sindicais viciadas ou ongs suspeitas. É uma tarefa difícil, mas seria o grande legado do seu governo para a Nação...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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