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Opinião
09/12/2011 - 07h00
A internet e a expressão
Adilson Luiz Gonçalves
 

A Rede Mundial foi criada com objetivos militares: manter interligação entre sistemas de forma redundante, em relação aos meios de comunicação convencionais.

Não demorou muito para que o meio acadêmico, que ajudou a desenvolvê-la, também a utilizasse para pesquisas científicas. Então, num átimo, ela já estava nas ruas, mais especificamente nas redes de telefonia, pela pré-histórica conexão discada.

O povo caiu na rede! Estar “conectado”, aliás, passou a ser uma questão de cidadania!

Como toda ferramenta de comunicação, no entanto, ela também pode ser mal utilizada, contribuindo para alienar, desinformar, fanatizar... Uma faca corta o pão, mas também pode matar!

Nesse âmbito, ela não é diferente do rádio, da televisão, do jornal, pois tudo depende de como ela é utilizada por quem produz ou consome os materiais nela disponíveis.

A grande diferença da internet é que ela talvez seja o único meio verdadeiramente democrático, na medida em que você pode divulgar ideias e compartilhar informações de forma direta, com baixo custo. A Rede Mundial - com suas interconexões planetárias, mecanismos de busca e tradutores “on line” cada vez mais sofisticados - permite que um vídeo caseiro ou texto pessoal alcancem milhões de acessos em poucos dias, transformando anônimos em celebridades.

Não é à toa que governos e grandes corporações monitoram ou restringem o acesso a redes de relacionamento, pois delas saíram vários dos movimentos populares atuais. Também não é por acaso que muito “lixo” intencional nela é depositado.

O curioso é que, até bem pouco tempo, as pessoas buscavam o “mundo virtual” como fuga do real, para ter uma segunda vida. Agora, muitos buscam a internet para transformar a realidade, trocando a alienação onírica pelo protagonismo histórico.

Informação quase infinita! Opiniões de todo tipo!

Só que nem toda informação ou autor são confiáveis ou legítimos, e a possibilidade de libertação das convenções morais e religiosas, e da timidez, propiciada pela “proteção” da distância física pode transformar riscos virtuais e tragédias reais.

O uso da Rede Mundial, portanto, envolve maturidade e discernimento.

Como ficam os jovens nesse contexto? Eles, que já “nascem” conectados na internet, como minha geração nasceu ligada na televisão?

Eles são mais interativos, mas, nem sempre têm noção de limites e consequências.

Então, como orientar sem doutrinar? Como deixar expressar sem reprimir? Como evitar que o mundo virtual se transforme num refúgio, num vício, num mergulho às vezes sem volta no vazio? Afinal, no mundo real, como no virtual, é muito fácil se perder em labirintos.

Cabe aos pais e educadores terem consciência de que é preciso conhecer esses caminhos, para ajudar a moldar o caráter de quem irá trilhá-los.


Nota do Editor: Adilson Luiz Gonçalves é mestre em educação, escritor, engenheiro, professor universitário e compositor. E-mail: prof_adilson_luiz@yahoo.com.br.

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