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Opinião
13/12/2011 - 15h15
Sobre a Mensagem Mariana
Dartagnan da Silva Zanela
 

Há momentos em que a realidade revela-se diante de nossa vista de modo tal que nos sentimos arrebatados. Na semana que passou tive uma dessas experiências quando, próximo do término Santa Missa celebrada no Santuário do Passo da Reserva (em Reserva do Iguaçu), foi dramatizada a Aparição de Nossa Senhora em Fátima ao som da Ave Maria de Schubert. Encenação essa organizada pelas catequistas da paróquia Nossa Senhora de Belém.

Não apenas a beleza era singular, como a inocência apresentada pelas crianças e adolescentes que participaram deste singelo tributo à nossa Mãe Espiritual. Senti-me partícipe daqueles acontecimentos. Silenciei-me interiormente. Fiquei, por certo momento, taciturno, diante da solidão da mensagem de Fátima que, infelizmente, não encontra nos corações humanos a necessária ressonância.

De mais a mais, pergunto: o que a Virgem Santíssima pede a todos nós em sua aparição ocorrida em 1917 nas lusitanas terras? Em que medida, nós, ditos fiéis Católicos temos acatado as advertências e orientações que foram proferidas pelo Trono da Santíssima Trindade? Aliás, o que, de fato, ocorreu em Fátima e qual a importância, específica, desses acontecimentos para história do século XX e, de modo geral, frente à história de todos os séculos? Três perguntas que não deveriam, de modo algum, ser desprezadas. Mas, infelizmente...

Doravante, não temos, e nem devemos, ousar responder essas três indagações de modo raso, de maneira resumida. Isso seria um insulto a inteligência humana e uma ofensa descomunal para com a Senhora de bendito ventre. Entretanto, não podemos deixar de lembrarmo-nos do que há de central na mensagem Mariana de 1917 apresentada ao mundo em língua portuguesa. Nesta, Nossa Senhora pede para nos convertermos, rezarmos e nos penitenciarmos, principalmente, pelos infiéis (de toda ordem), porque eles não compreendem a gravidade de seus atos.

Bem, e o que fazemos? Estamos procurando elevar nossa vida moldando-a de acordo com as luzes do Evangelho ou, presunçosamente, fiamo-nos no intendo de reduzir a Boa Nova à pequenez de nossa existência miúda? Fazemos da oração o coração pulsante de nossa vida ou, apenas, repetimos as sentenças de nossas preces mecanicamente como elas fossem uma reles obrigação social? Penitenciamo-nos diante do Altíssimo ou somos daqueles que creem ser tão justos que tais práticas não seriam condizentes com sua “pia” condição?

Lamentavelmente, não nos envergonhamos da maneira negligente que vivemos nossa fé, porém, se não temos vergonha de nossa mesquinhes, a mensagem em questão dificilmente encontrará um solo fértil em nosso conturbado coração.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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