Educação 1. Substantivo feminino. 2. Ato ou processo de educar(-se). 3. Qualquer estágio desse processo. 4. Aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano; pedagogia, didática, ensino. 5. O conjunto desses métodos; pedagogia, instrução, ensino. 6. Conhecimento e desenvolvimento resultantes desse processo; preparo. 7. Conhecimento e observação dos costumes da vida social; civilidade, delicadeza, polidez e cortesia. Na primeira página do Estadão de domingo, vi uma triste foto de Ouro Preto-MG que muito me comoveu. Lendo sobre a foto, no Caderno Cidades constatei que a cidade histórica está a caminho do fim. A favelização do entorno, o uso intenso e indevido do centro, com circulação de caminhões pesados, depredações de sítios históricos e obras artísticas por visitantes e, a poluição ácida, provocada pelas atividades mineradoras da ALCOA completam uma verdadeira dissociação celular urbana, que está destruindo, sistematicamente, este nosso berço histórico, cuja importância arquitetônica e artística o tornou patrimônio da humanidade.
Não me contive de imediatamente, fazer uma comparação dos problemas que afligem Ouro Preto com os que afligem Ubatuba, principalmente na temporada. Problemas insolúveis de imediato, com resultados terminais no médio prazo. Ambas as cidades carecem de pesados investimento na educação maciça da população. Educação que não necessita de alfabetização. Educação moral, de civilidade, delicadeza, polidez e cortesia. A velha, esquecida e excluída Educação Moral e Cívica. Não será possível manter o uso de áreas públicas de acesso livre (praias, praças, parques) sem que estes usuários estejam educados para tanto. A Lei da permissividade do uso destas áreas públicas, não previu de onde viriam os recursos e, quem seria o responsável pelo custeio de sua manutenção e conservação. A falta de posturas municipais específicas e, de uma fiscalização incorruptível, responsável e eficiente, favorecem a generalização das "metástases".O resultado pode ser visto e assistido, ao vivo, mesmo, por quem não sabe ler ou escrever, em qualquer uma de nossas praias, ruas, praças, vielas, calçadas ou no movimentado calçadão. A permissividade legal que ampara a falta de educação para o uso, dos espaços públicos e de nossos recursos ambientais (que são nossos únicos recursos econômicos) nos levará, como Ouro Preto, ao fim. Fim, ao pé da letra.
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