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Crônicas
26/12/2011 - 17h04
Messi X Maradona
Adilson Luiz Gonçalves
 

Eu adoro o “futebol-arte”, entendido como prática do esporte que alia técnica, estética e objetividade. Enfim, tudo aquilo que tornou Pelé seu símbolo máximo, inatingível!

Ah, esqueci de mencionar outra característica que, ao menos para mim, também é fundamental: humildade, entendida como consciência de valor, sem menosprezo ao adversário.

Ao longo da história, como em qualquer esporte de contato, sempre houve um duelo entre o “bem” e o “mal”: a arte contra a virilidade, se bem todos os grandes times sempre tiveram exemplares dos dois, dosados de forma equilibrada.

A “Celeste Olímpica”, como ficou conhecida a seleção uruguaia da década de 1920, desfilou elegância pela Europa, atingindo seu ápice com a conquista da primeira Copa do Mundo, em 1930.

O Brasil demorou a mostrar suas qualidades, por conta de disputas menores entre Rio e São Paulo, só despontando em 1938, com Domingos da Guia e Leônidas da Silva.

A Hungria encantou o mundo, em 1954, tendo Puskas como maestro. Em 1974 foi a vez do “Carrossel Holandês”, de Cruyff.

Entre os grandes da América do Sul, a Argentina, tirando 1930, não chegava a lugar algum. Pior, via seus astros brilharem, naturalizados, em clubes e seleções italianas.

Tirando Di Stéfano, o futebol argentino só ostentava a tradição de muita “raça”, infelizmente pontuada por violência e deslealdade. No entanto, a paixão de seus torcedores é algo que admiro, embora, como toda torcida fanática, a irracionalidade beire o ridículo, com foi o caso dos que criaram a “Igreja Maradoniana”.

Não há como negar que os argentinos são nossos maiores adversários! Mas, é melhor tê-los conosco do que contra “nosotros”.

No caso do Santos FC, Ramos Delgado e Cejas inscreveram seus nomes na história do clube. Não foi diferente com outros times.

Essa rivalidade também não impediu que eu admirasse grandes jogadores “hermanos”, que se tornaram exemplos do “futebol-arte” ou “apenas” atacantes impiedosos, tais como: Ardiles, Kempes, Fillol, Fernando Redondo, Verón e Batistuta, entre outros.

Maradona... Ninguém nega suas qualidades como jogador de futebol! No entanto, sua extrema arrogância e maus exemplos tiram o brilho de sua carreira, tornando uma figura entre o patético e burlesco.

Messi... Em minha modestíssima opinião - e embora eu não tenha visto Di Stéfano atuar -, é o melhor jogador argentino de clubes de todos os tempos!

Ele é artista, operário, pesquisador, “virtuose”: um fora de série!

Suas arrancadas são fulminantes! Seu controle de bola desafia o olhar! Seu olhar, que parece tudo ver, também transparece a naturalidade dos que fazem o que gostam com prazer e lealdade.

Porque ele não brilha com igual grandeza na seleção de seu país?

Isso é uma pergunta que deve ser feita aos que transformaram Maradona em “deus”.

A única coisa que falta para Messi atingir definitivamente o “olimpo” do futebol-arte é superar o fardo do fanatismo doméstico!

Ele tem cabeça e pés para isso, sem necessidade de apelar para mãos, água “batizada”; soladas na barriga...


Nota do Editor: Adilson Luiz Gonçalves - recém-eleito para a ASL - Academia Santista de Letras é mestre em educação, escritor, engenheiro, professor universitário e compositor. E-mail: prof_adilson_luiz@yahoo.com.br.

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