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Opinião
13/01/2012 - 17h05
Uma cidade melhor para pedestres e ciclistas
Valter Frigieri
 

Um levantamento recente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e BNDES mostrou que 41% dos brasileiros não usam veículos motorizados para locomoção. Nas metrópoles brasileiras, 38% das pessoas fazem seus percursos a pé, enquanto 3% optam pela bicicleta. Nossas cidades, se não oferecem transporte público de qualidade, tampouco estão devidamente equipadas para atender às necessidades do enorme contingente de cidadãos que circulam de bicicleta ou a pé.

Só muito recentemente, os administradores públicos brasileiros começaram a incluir as ciclovias - como meio alternativo para melhora da acessibilidade - em suas plataformas políticas e planos administrativos. Em São Paulo, por exemplo, acabam de ser inauguradas as primeiras ciclofaixas permanentes, que funcionam 24 horas, para estimular o uso da bicicleta e garantir as condições mínimas de segurança para o ciclista.

De fato, é um grande avanço a criação das ciclofaixas e das chamadas rotas de bicicletas, com sinalização adequada, que permite aos ciclistas compartilhar o espaço urbano com os veículos automotores. Nos grandes centros, no entanto, para a segurança do ciclista é indispensável a criação de uma infraestrutura integrada, que permita ao usuário da bicicleta percorrer distâncias longe de vias saturadas ou de alta velocidade. Em cidades de médio e pequeno portes, em sua grande maioria, as viagens podem ser feitas de bicicleta do começo ao fim, devido a menores distâncias.

Nas ciclovias, recomenda-se o uso de peças de concreto, pois sua coloração clara reduz a absorção de calor na superfície do pavimento, melhorando o conforto térmico e diminuindo a formação de ilhas de calor, causadas pela impermeabilização do solo. A redução pode chegar a 20ºC. Ademais, o concreto desempenado moldado in loco proporciona conforto de rolamento, sem deixar a superfície lisa e escorregadia.

No caso de vias compartilhadas e ciclofaixas, o uso do pavimento de concreto também gera ganhos. Por não sofrer deformação plástica ou trilhas de rodas, e ter boa interface com outros tipos de pavimento, o concreto é fator de maior conforto e segurança para todos os usuários.

No que toca às pessoas que fazem seus trajetos a pé, conforme o levantamento da ANTP/BNDES, apesar das regulamentações municipais, a falta de padronização e a falta de qualidade da pavimentação ainda constituem obstáculos para um caminhar seguro. Buracos, pedras soltas, desníveis e uso de pisos escorregadios vitimam pedestres menos atentos ou os mais vulneráveis a tropeços, quedas e fraturas.

A uniformização do passeio público demanda a mobilização dos donos de imóveis num esforço conjunto de prefeituras e órgãos técnicos, que, a exemplo da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) promove a transferência de conhecimento e auxilia na definição de parâmetros para a construção de calçadas mais seguras e uma paisagem urbana mais bonita.

Hoje, existem vários materiais que garantem a qualidade do piso e atendem às normas para construção e reforma das calçadas, como o ladrilho hidráulico, o pavimento intertravado, as placas de concreto e os concretos moldados in loco, que primam pela segurança e contribuem para melhorar o visual das cidades.

O desafio das administrações públicas é implementar políticas que conciliem a convivência entre motoristas, pedestres e ciclistas e, ao mesmo tempo, melhorem a qualidade de vida das pessoas.


Nota do Editor: Valter Frigieri, engenheiro, é gerente nacional de mercado da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

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