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Opinião
21/01/2012 - 17h07
Tudo tem seu preço
Reginaldo Gonçalves
 

As reservas cambiais brasileiras fecharam 2011 em US$ 352 bilhões, valor decorrente da entrada de recursos estrangeiros através de investimentos diretos e superávit comercial. O colchão que vem sendo criado de acordo com as premissas do Banco Central (BACEN) para viabilizar a política de controle do câmbio e maior flexibilidade externa nas negociações com produtos importados gera um aumento dos gastos para sua manutenção. A sua remuneração é fixada pelos investimentos no mercado americano, bem menor do que os rendimentos das aplicações no Brasil, que giram em torno de 11% (Taxa Selic anual).

De acordo com o BACEN, os custos de manutenção das reservas cambiais brasileiras, no ano de 2011, girou em torno de R$ 26,6 bilhões, o que representa uma taxa média de 4,2% de juros líquidos aplicados sobre a reserva cambial atual, utilizando o câmbio de R$ 1,80. O valor da manutenção de tal reserva gera gastos que são adicionadas aos juros da dívida interna brasileira e que o superávit primário não consegue cobri-lo.

O Tesouro Nacional captou, no início de janeiro, US$ 825 milhões como estratégia de identificar os juros que seriam cobrados do Brasil em caso de necessidade de novos financiamentos externos. Com isso, obteve uma taxa de 3,449% ao ano, que, pelas colocações do próprio Tesouro e pela taxa conquistada, representa maior confiabilidade no mercado brasileiro em virtude de uma séria de premissas do planejamento fiscal. Embora o valor captado seja pequeno, fará com que cresça os gastos com os juros, em virtude do aumento da reserva. O fato é que isso não significa que, no futuro, o Brasil, tendo necessidade de captar, consiga a mesma taxa, que é próxima a dos Estados Unidos.

É necessário ter um planejamento diferente no momento de captar recursos desnecessários, a não ser que a dívida seja combinada com a troca de outra com juros maiores e que possam reduzir o impacto dos juros internos e do montante da dívida interna que, atualmente, gira em torno de R$ 1,75 trilhão. A dívida externa projetada é de U$ 282,4 bilhões e a interna de US$ 972,0 bilhões, com um total de endividamento em torno de US$ 1,254 trilhão.

Precisamos de muito trabalho e fechar as torneiras para estancar os juros de manutenção da dívida interna e externa e, assim, buscar a amortização do principal. Tudo tem seu preço.


Nota do Editor: Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina.

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