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Opinião
26/01/2012 - 11h11
As duas faces da moeda
Dartagnan da Silva Zanela
 

O Nacional-socialismo (nazismo) foi uma mácula terrível e indesculpável na história do século XX. Entretanto, algo como o socialismo (marxista, leninista, stalinista, maoista e demais ordem de “istas”), que foi e é mais sanguinário que o primeiro, é tratado como se fosse uma inofensiva utopia.

Bem, como o entendimento médio que se têm do socialismo nestes prados é fruto de uma idolatria rasteira desta ideologia hipócrita e genocida, vejamos para alguns dados comparativos entre o socialismo soviético e o nacional-socialismo que nos são apresentados por Viktor Suvorov. Hitler (o senhor do bigodinho ridículo) criou a juventude hitlerista e, Stalin (o senhor do bigodão cafona) tinha a sua juventude stalinista. Tanto um como outro diziam viver em aposentos modestíssimos que eram exibidos para todos aqueles que desejassem ver, porém, ambos tinham inúmeras fortalezas suntuosas edificadas em regiões afastadas dos olhares curiosos.

Hitler tinha a GESTAPO. Stalin tinha a NKVD (que virou KGB e que hoje é FSB e SVR). Na Alemanha nós tínhamos os Campos de concentração. Na URSS havia os GULAG’s. Detalhe: os Campos de concentração nazistas deixaram de existir com o final da Segunda Guerra Mundial; quanto aos GULAG’s, estes já existiam muito antes dos Campos nazistas, inspiraram a formação dos ditos e continuaram a existir mesmo após 1945.

Stalin amava a Nadêjda Allilúieva e Hitler arrastava as duas asas por Geli Raubal. Ambas eram vinte anos mais jovens que seus admiradores e, as duas, se suicidaram com a arma de uso pessoal de seus “amados”.

Sem mais delongas, Adolf Hitler considerava o seu caminho para o socialismo (nacional-socialismo dos trabalhadores da Alemanha) o único crível e acertado. Stalin, por sua deixa, pensava o mesmo com relação ao socialismo soviético. E, é claro, tanto Adolf como Joseph, sem o menor escrúpulo mandaram matar os camaradas do partido que desviaram o seu passo da linha mestra ditada por eles. Observação: os membros de ambas agremiações partidárias saudavam-se como “camaradas”.

Nazistas e Comunistas lutavam contra a democracia e defendiam uma sociedade sem classes. Para esse fim na URSS de Stalin tivemos os planos trienais e na Alemanha de Hitler os planos quadrienais. Ah! Vale lembrar que as duas sociedades gregárias pariram apenas escravidão e terror.

O gozado nisso tudo é que no imaginário, edificado a partir da memória oficial que se faz cristalizada nos livros didáticos de história, esses dois sujeitos (e suas respectivas ideologias genocidas) são apresentados como antípodas inconciliáveis.

Diante do exposto, fico cá com meus botões a imaginar o que passa pela fossa mentalis dos elementos histórico-criticamente corretos. Melhor nem pensar tanto no óbvio ululante.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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