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Medicina e Saúde
29/01/2012 - 10h05
Mal do movimento pode ser tratado
 
 

Viajar de carro, ônibus, avião ou barco pode ser excitante para algumas pessoas - ou dar enjoo em outras. As náuseas causadas pelo movimento atingem mais de 70% das crianças com idade superior a dois anos, mas também pode se manifestar em adultos, principalmente nas mulheres e é mais frequente no período menstrual e na gravidez. “A náusea e o enjoo podem sinalizar a presença da cinetose. A doença pode surgir quando a pessoa está em qualquer meio de transporte em movimento”, explica a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães (canaldoouvido.blogspot.com).

Também conhecida como a doença ou mal do movimento, a cinetose é uma labirintopatia que está relacionada à enxaqueca na fase adulta. Os sintomas surgem quando o corpo está parado e o ambiente está se movimentando ou o inverso. Isto gera um conflito de informações no sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio corporal. “Quando a cinetose é percebida na infância e na adolescência há mais riscos de haver crises de enxaqueca quando o indivíduo ficar mais velho. A cinetose tem a tendência de desaparecer com o tempo, sendo que os idosos são os que menos sofrem com o problema”, ressalta.

Sudorese, vertigem, visão fora do foco, palidez, sonolência, dores de cabeça, fadiga, perda do equilíbrio e da noção de profundidade e dificuldades para ler e assistir televisão são outros sintomas relacionados a esta patologia. Segundo Rita, as crises podem ser desencadeadas em atividades que exijam movimento ou por filmes, jogos e programas televisivos que tenham excesso de cores brilhantes, alterações de foco e movimentos, como os jogos eletrônicos de terceira dimensão. “A movimentação provoca estímulos exagerados no labirinto, causando os sintomas”, observa.

Os indícios da cinetose podem surgir durante a atividade que desencadeou o problema ou algumas horas depois, sendo que a sua continuidade pode intensificar os sintomas. Rita aponta que o equilíbrio depende da interação entre os sistemas visual, vestibular e proprioceptivo. Se houver alguma alteração nestes sistemas o distúrbio do movimento aparece. “Com a movimentação da cabeça o líquido que preenche o vestíbulo se desloca, causando o desvio dos cílios do órgão e gerando impulsos elétricos que são enviados até o cérebro. O conflito das informações vestibulares, visuais e dos sensores de movimento dos músculos e articulações provoca os sintomas da cinetose”, destaca a médica.

O diagnóstico deve ser feito por um otorrinolaringologista e o ideal é que a ajuda médica seja procurada assim que ocorrer a primeira crise. O tratamento é feito com base na prevenção dos sintomas e em exercícios de terapia de reabilitação vestibular. “A videonistagmografia é um sistema de análise computadorizada do nistagmo através de vídeo e que ajuda a diagnosticar a cinetose. O exame é rápido, os cálculos são feitos automaticamente e é possível identificar sinais de disfunção vestibular periférica ou central e determinar o lado da lesão”, acrescenta.

Rita ainda cita algumas atitudes e comportamentos que contribuem na prevenção do distúrbio. Sentar sempre próximo as janelas, mantê-las abertas, olhar para lugares distantes da paisagem, não comer alimentos pesados antes de viajar, não sentar em bancos traseiros ou de costas para frente do veículo e evitar a prática de atividades físicas em esteiras ou bicicletas ergométricas são as recomendações mais comuns. “Também é fundamental evitar ficar olhando para os lados durante o movimento e não ler e nem usar aparelhos eletrônicos”, orienta a especialista.

A alimentação é essencial para não passar mal durante as viagens. Não é recomendado ficar em jejum e as refeições devem ser feitas de três em três horas. Doces, café, bebidas gasosas e alcoólicas e alimentos gordurosos devem ser evitados. “A ingestão de água ajuda a hidratar o corpo, mantendo suas funções equilibradas. Cheiros fortes aumentam as chances de enjoo, por isso é melhor ficar longe de motores, escapamentos, fumantes e não usar perfumes fortes”, finaliza Rita, responsável pelo Setor de Otoneurologia da Unidade Funcional de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da UFPR.

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