O consumidor brasileiro tem motivos de sobra para acreditar que o ano de 2012 prosseguirá próspero em boas notícias e também em boas compras. A atuação do Banco Central brasileiro em medidas de estímulo ao crédito como a redução da taxa de juros já é uma premissa chancelada pelo mercado financeiro. Os juros reais devem mesmo navegar na casa de apenas um dígito. Aliado ao estímulo direto do sistema financeiro há o aumento da remuneração dos trabalhadores. O reajuste de 14,13% sobre o salário mínimo resulta em quase R$ 50 bilhões a mais circulando na economia. O setor varejista conhece de perto os impactos do aumento do mínimo nas compras, principalmente de produtos alimentícios e vestuário. As análises de diversos setores sinalizam ainda as boas perspectivas da manutenção do nível de emprego. O estudo mais recente divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados(Caged) apontou o menor índice de todos os tempos, 4,7%, que indica situação de pleno emprego na economia. Nesse cenário, o consumidor ganha status de majestade com todas as empresas buscando maneiras de seduzi-lo. De outro lado, o setor varejista se prepara para a disputa acirrada que deverá marcar 2012, com estratégias de compras, logística, marketing, entre outras. As empresas cooperativistas também estão atentas às novas exigências do mercado e unem forças para enfrentar a concorrência e fidelizar ainda mais o cooperado. Em 2011, foi criada a primeira Central de Cooperativas de Consumo do País - a Coopbrasil. O empreendimento foi formado inicialmente por sete cooperativas, que somaram faturamento de R$ 2,265 bilhões em 2010. A nova Central nasce da união da Coop - a maior cooperativa de consumo da América Latina - e as cooperativas Consul de Ipatinga (MG), Cooperouro de Ouro Preto (MG), Cooper de Blumenau (SC), CoopBanc de Araçatuba (SP), Coocerqui de Cerquilho (SP) e Coopercica de Jundiaí (SP). O objetivo da nova central é melhorar o poder de negociação com fornecedores por meio da maior escala da operação, desenvolver produtos de marca própria e entrar na comercialização de produtos importados, além de ganhar estrutura logística no país para ganhar força e buscar novos negócios, inclusive internacionais. Toda essa movimentação mostra que o setor cooperativista de consumo está atento às novas mudanças e preparado para disputar espaço e se consolidar nesse mercado competitivo. Nessa forte disputa, o cooperado só tem a ganhar com produtos de melhor qualidade a preços menores, boas promoções e, acima de tudo, um mercado com melhor distribuição das forças do varejo. Nota do Editor: José Geraldo Fogolin é diretor e representante do ramo Consumo da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp).
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