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Medicina e Saúde
13/02/2012 - 18h16
Os perigos do Carnaval para a audição
 
 

A festa mais popular do Brasil - e o feriado mais esperado do ano - está chegando. No carnaval a ordem é viajar, se divertir e dançar muito nas baladas, nas ruas com os trios elétricos e nos shows. O problema é a altura do som transmitido pelas caixas de som, que sempre são elevados e superam o limite máximo de ruído recomendável para a audição. “Os ouvidos são sensíveis aos sons e o excesso de barulho, tanto na intensidade quanto no tempo de exposição, podem causar lesões irreversíveis no órgão”, explica a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães (canaldoouvido.blogspot.com).

De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), o ouvido humano suporta sons até 85 decibéis (dB), mas a aparelhagem de som utilizada no carnaval pode produzir sons acima de 120 dB. “As consequências podem surgir logo após o término da exposição ao ruído. Os sintomas são sensação de pressão nos ouvidos, zumbido, dificuldades de compreender a fala por causa do rebaixamento auditivo e desconforto com sons intensos”, explica a especialista, mestre em clínica cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O ruído de um trio elétrico é superior ao barulho de um avião ao decolar, som ao qual uma pessoa não pode ficar exposta por mais de sete minutos por dia. Mesmo que os sintomas apresentados logo após a exposição desapareçam, as células auditivas ficam lesionadas e os efeitos irão aparecer com o passar do tempo. “Os danos à orelha interna são irreversíveis e se ocorrer a morte das células da região a audição fica prejudicada permanentemente, já que o organismo não consegue produzir novas células saudáveis”, esclarece Rita, que também atua como otoneurologista.

Dados da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBOL) apontam para um aumento nos casos de zumbido, perdas auditivas e surdez na época do carnaval. A poluição sonora ainda pode causar distúrbios do labirinto, ansiedade, nervosismo, aumento da pressão arterial, úlceras e gastrites. “O ruído sem controle é muito nocivo para a saúde, pois a audição é fundamental na interação do indivíduo com as outras pessoas e com o meio ambiente”, observa a médica, responsável pelo Setor de Otoneurologia da Unidade Funcional de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da UFPR.

E não é só os trios elétricos que podem prejudicar a audição. Os foliões, músicos e dançarinos estão expostos a vários riscos nas quadras de escolas de samba, clubes e outros locais fechados. Para aproveitar a festa sem preocupação é preciso tomar alguns cuidados que ajudam a preservar a audição. “O ideal é ficar a no mínimo 10 metros das caixas de som e utilizar protetores auriculares, que auxiliam a minimizar o impacto do barulho nos ouvidos. Mesmo quem trabalha no carnaval deve se proteger e as crianças necessitam de cuidados redobrados”, ressalta.

Com o protetor auricular é possível ouvir a música em um volume aceitável, mas mesmo assim o tempo de exposição deve ser observado. No nível máximo recomendado, 85 dB, o indivíduo deve ficar exposto no máximo por oito horas, sendo necessário uma longa pausa para o descanso dos ouvidos. “Nesta altura dá para ouvir a voz de uma pessoa que está próxima. É essencial que as pessoas tenham em mente que quanto mais forte for o som, menor deve ser o tempo de exposição”, destaca Rita, coordenadora do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba, o GIPZ Curitiba.

Segundo Rita, existem vários tipos de protetores auriculares disponíveis no mercado. Os protetores intra-auriculares, que são colocados dentro do canal auditivo externo, podem ser de espuma ou de silicone, com filtros de oitava específicos para músicos. A médica lembra que é importante verificar a proteção oferecida por cada produto. “No caso de haver perda auditiva e zumbido é preciso buscar ajuda médica. Atualmente existem vários tratamentos para o zumbido, como o Neuromonics, uma nova estratégia utilizada na terapia sonora. O método tira o foco de atenção do zumbido, induz o relaxamento nos momentos de maior incômodo e o paciente sente que tem controle sobre o ruído”, acrescenta.

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