Onde estão nossas "ZELITES’? Onde estão os proprietários dos maiores e dos melhores comércios de Ubatuba? Enquanto estes, nós e todos os trabalhadores de nossa cidade permitirmos, a promiscuidade continuará! Promiscuidade é uma palavra forte? Então, o que acham do comércio de Ubatuba? Atendimento, na maioria dos estabelecimentos, é na base do "se vira". Ah! Então o comerciante é o culpado? Então veremos: quantos de nós gastamos fortunas melhorando a qualidade de atendimento de nossos colaboradores internos e por uma miopia da administração pública, fomos sufocados por aberrações (imposições legais) que só são impostas a quem possui CNPJ? A Lei do Alvará Provisório funciona para uns enquanto para outros fazem vistas grossas. Voltemos à promiscuidade: qual comerciante suporta a concorrência desleal dos ambulantes? E a Praia Grande, aquilo se parece com algo palatável, aceitável ou coisa que o valha? Não é só o fator social, além, há fatores humanos, onde alimentos sem condições sanitárias são oferecidos aos turistas, impactando a nossa Santa Casa. Há muito venho, pobre formiga, escrevendo sobre estas mazelas. Muitos me julgam por suas "réguas" e me contradizem como se eu pertencesse a uma corja que se arvora na política para dela tirar proveito, ou, quem sabe um empreguinho de auxiliar de puxa-saco. Mero engano! Sou pagador de impostos e não tomador de dinheiro público sem a devida contrapartida, quero dizer, sem o trabalho que justifique a remuneração - novamente os que o fazem confirmam a prostituição acima citada - sendo isto, apenas uma parte da ponta do iceberg. Construtores, comerciantes, empresários e autônomos, nós somos a força motriz da empregabilidade e do progresso desta cidade, só que isto não está explícito em desenvolvimento, pois, afora o "inchaço" que percebemos no número de munícipes e nas ampliações das construções espalhadas pelos bairros - não pelas áreas que atendem o turismo - constatamos que o que temos é muito pouco. Há um País em franco desenvolvimento, alcançamos, segundo o IBGE o pleno emprego. Aqui não há esta percepção, pois, com tanta "agilidade" e "articulação" de nossas entidades de classe, a oferta se restringe a empregos que não exigem muito de quem se dispõe a se sujeitar à baixa remuneração. Campanhas como "Dobre o seu Faturamento em SEIS meses", EMPRETEC e outras formas de treinamento, mais parecem fazer parte deste circo de horror que promiscuiu o nosso tecido comercial. Gasta-se mais energia para fazer calor do que para gerar luz! Neste momento, após doze anos estabelecido, com todos os percalços que a atual administração nos ofereceu, estou sendo despejado. Não culpo ninguém por isto, porém a falta de uma institucionalidade comercial me tornou refém de um investimento, no qual não sou proprietário do imóvel - pago aluguel e neste, embutido, pago mais IPTU que muitos proprietários de imóveis, então, isto me permite falar -, investimento este que consumiu parte de minha vida e agora, não sendo possível "carregar" as paredes; a decoração e as construções para adequar o estabelecimento, comigo, fico na apreensão de a qualquer momento, tornar-me um descamisado, pois, com o meu estabelecimento se vão as condições que garimpo para me auto-sustentar sem cometer os enganos dos aduladores. Chamo a atenção daqueles que sempre me acompanharam e me elogiaram nas críticas: a miséria que momentaneamente parece não nos importar, seja por ela estar estabelecida em colocações comerciais/industriais distintas a nossa ou por pura falta de percepção, não tarda, CHEGA! Alguém lembra da CPI dos quiosques? Toda a minha manifestação não era contra os quiosqueiros, mas sim, contra a permissividades que já estava arraigada no trato da troca de favores por licenças, coisa que prejudicava não só o comerciante formalizado, mas também, todos os que teriam potencialidade para se estabelecer e criar o seu sustento, com o próprio trabalho e não o de outros. Pois é, passados oito anos, tudo foi para o "vinagre" e agora estamos colhendo uma cidade onde a imposição da falta da autoestima, muito bem colocada pelo Ronaldo Dias, nos atinge a todos. Não quero ser drástico, mas há muito perdemos dignidade como comunidade, pois aceitamos argumentos que não se sustentam em qualquer lugar do Estado de São Paulo e do Brasil. Nos sujeitamos a achar que políticos são assim mesmo e que o que acontece em nossa cidade acontece em qualquer lugar, só que, é aqui que vivemos e mantemos nossas famílias, então, o argumento se esvai, pois, se em outras casas tudo é permitido, é nossa obrigação mantermos em nossa casa a dignidade, para que, depois de "arrumada" a casa, cobrarmos do Estado e da União a mesma postura. Grande abraço a todos! Wagner Aparecido Nogueira wagner_nog@yahoo.com.br Ubatuba, SP
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