No verão é comum ocorrerem precipitações, principalmente no final do dia. A chuva que vem para amenizar o calor característico desta época contribui também para a proliferação de focos de larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Atualmente, existem 200 milhões de infectados pela doença no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Por ser uma enfermidade endêmica, tem incidência em locais com temperaturas elevadas, cenário que não se restringe apenas ao Brasil, como também nos demais países da América do Sul, África, Ásia e Oceania. Outros fatores que contribuem para a proliferação dos mosquitos é a falta de saneamento básico e a desinformação da população. Para erradicar a dengue é necessário inibir a reprodução de mosquitos infectados com estrutura sanitária efetiva ou a descoberta de uma vacina pelo avanço de pesquisas científicas. “Ambos são importantes para frearmos a incidência da dengue nas regiões onde ela sempre ocorre com a chegada do verão. Mas é preciso agir não somente neste período”, explica a professora Rosana David, docente do curso de Enfermagem do Complexo Educacional FMU (www.portal.fmu.br). Para a docente da Instituição, a população deve se preparar para conter o avanço da doença, com o apoio de agentes sanitários, de um amplo manejo ambiental e de limpeza urbana, enquanto os pesquisadores não produzem uma vacina que traria efetiva eliminação da dengue. “É preciso que haja um trabalho em conjunto para termos resultado eficaz na não proliferação do mosquito. Tanto do avanço das pesquisas sobre imunização, quanto de uma estrutura sanitária adequada”, conta a professora. A curto prazo, o investimento em uma ampla divulgação de campanhas de prevenção da dengue, para conscientizar a população que trata-se de uma situação grave, já trará efetivos resultados a todos. “Diminuir a desigualdade social, com saneamento básico efetivo, manejo ambiental e informar a população para prevenir a proliferação do mosquito seriam medidas eficientes no momento”, conclui a professora.
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