21/08/2025  12h41
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
26/02/2012 - 11h00
Os avanços e desafios no 1º ano do Governo Dilma
Antoninho Marmo Trevisan
 

Ao cabo de seu primeiro ano de governo, uma das principais providências adotadas pela presidente Dilma Rousseff foi a quebra da rigidez com relação ao controle da inflação, sem, contudo, deixá-la disparar, em favor do estímulo à economia. Tal tendência evidencia-se no ciclo de redução da taxa básica de juros, no volume recorde de crédito verificado em 2011 e na adoção de medidas de incentivo a vários setores, como reduções tributárias, a exemplo das incluídas no Plano Brasil Maior. Outra alteração refere-se à maior flexibilidade atual quanto à intervenção no câmbio para reduzir o valor relativo do Real.

A presidente também não hesitou em determinar o aumento da taxação de produtos industrializados importados, como os automóveis, e impor algumas barreiras comerciais e tarifárias, buscando mitigar a perda de competitividade da manufatura nacional. A ousada atitude - num cenário em que a palavra “protecionismo” é pronunciada com extremo cuidado nos círculos diplomáticos, dada a sensibilidade suscitada pela crise internacional - não impediu Dilma Rousseff de assumir posições republicanas, no plano político, com relação a regimes desrespeitosos a direitos humanos, como o Irã. Também deve ser enfatizada sua intransigência no plano ético, demitindo ministros com conduta inadequada. Essa atitude reforça a confiança no País, com reflexos em indicadores como os investimentos estrangeiros.

Tudo isso, porém, ainda está distante de conferir alta competitividade à economia nacional, em especial à indústria, setor que mais tem sofrido com o “Custo Brasil”, num cenário de concorrência acirrada devido à retração de tradicionais mercados compradores. Se algumas medidas atenuaram a competição desleal de nações despeitosas às regras do capitalismo democrático, os ônus para se produzir em nosso país continuam sendo um complexo desafio.

Por isso, é premente e prioritária a reforma tributária, uma responsabilidade conjunta do Executivo e do Legislativo que se arrasta desde a promulgação da Constituição de 1988. Considerando ser 2012 um ano eleitoral, dificilmente será votada uma emenda constitucional modernizadora de nosso sistema de impostos. Ante tal dificuldade, seria fundamental reduzir a tributação dos investimentos. Essa é uma alternativa de utilizar a política tributária em favor do incentivo à produção.

Contudo, o Brasil não poderá continuar postergando a realização de uma ampla e eficaz reforma tributária na próxima década. Os próximos dez anos serão um período decisivo para a consolidação de nossa economia como uma das mais importantes, a erradicação da miséria e um salto a um patamar mais elevado de desenvolvimento.


Nota do Editor: Antoninho Marmo Trevisan é o presidente da Trevisan Escola de Negócios, membro do Conselho Superior do MBC (Movimento Brasil Competitivo) e do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.