Instituições de ensino contratam profissionais desqualificados para cuidar da segurança patrimonial e do público interno
Aos poucos, alunos e universitários voltam à rotina. Mas é preciso ficar atento, pois as instituições de ensino deixam muito a desejar quando o assunto é segurança. Com um sistema falho de vigilância e pouco investimento financeiro, algumas instituições brasileiras acabam sentindo o peso desta falta de infraestrutura. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no Distrito Federal (SINDESP-DF), Irenaldo Pereira Lima, a segurança deveria ser dividida em dois momentos: com e sem o aluno. “Para cada instituição deve-se elaborar um plano específico de segurança. Por exemplo: para o período da manhã, deveria ser aplicado o emprego de armas não letais, como gás lacrimogêneo, spray de pimenta e de espuma. É inviável a utilização de armas de fogo dentro da instituição durante o dia. Mas à noite, após o esvaziamento, deve-se permitir o uso de armas letais, já que o objetivo é a proteção do patrimônio institucional”, explica Irenaldo, ressaltando que tais medidas ainda não são seguidas. Fazendo um balanço geral na segurança, o presidente comenta a precariedade do sistema nas instituições. “O sistema está ruim, pois não há um investimento adequado ao projeto de segurança das escolas. Atualmente, a prioridade são os planos de custo inferior, que não são muito eficazes. Não se deve brincar com segurança. Para mim, o valor financeiro não deveria importar. O importante são os procedimentos que devem ser adotados para garantir a tranquilidade e a integridade dos alunos”, afirma. Irenaldo orienta os consumidores a observarem o histórico da instituição de ensino, assim como seus equipamentos e a infraestrutura externa antes de fazer a matrícula. As instituições precisam se comprometer a utilizar as novas tecnologias disponíveis no mercado e adotar uma planilha aberta para diferentes modelos de segurança. É direito dos alunos e dever da escola dispor de um plano de segurança eficaz, que garanta a proteção dos funcionários e alunos.
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