O mercado de construção civil brasileiro fechou o ano de 2011 empregando mais de 3 milhões de trabalhadores. Somente no Estado de São Paulo, o emprego no setor aumentou 5,7% no ano passado em relação a 2010, sendo que na capital paulista houve crescimento de 7,24%, segundo o sindicato da indústria, SindusCon-SP, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Isso se deve ao alto movimento que o setor apresentou nos últimos cinco anos. Ainda segundo a pesquisa, o PIB da construção civil aumentou 31% entre 2005 e 2010, crescimento maior que o PIB do Brasil no mesmo período. Para se ter uma ideia do crescimento atual, o setor da construção civil pretende entregar, somente do projeto Minha Casa Minha Vida, cerca de 630 mil casas em todo o país até o fim de 2012. Com o chamado boom imobiliário, a questão “Prazo x Qualidade” é de suma importância, já que a velocidade das obras e a pressão pela entrega dos empreendimentos podem dificultar a entrega da qualidade esperada. Uma construção requer alguns fatores fundamentais como equipamentos de ponta, autorizações de reforma e profissionais altamente capacitados. Outro fator importante e que está relacionado à qualidade é o prazo, já que a pressa pode comprometer o resultado final das obras. Com essa alta na procura e na demanda, muitas vezes pressionados pelos prazos ofertados aos clientes as construtoras precisam acelerar a entrega, mas sem perder a qualidade. E como fazer isso, com a presença de diversas empresas terceirizadas responsáveis pelos fluxos e processos, no mercado atual? É exatamente nesta questão que a gestão de terceiros e obras colabora com as empresas no intuito de fiscalizar diversos aspectos dentro da obra. Realizar a avaliação de potenciais riscos para os profissionais terceirizados, observar os cumprimentos das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciária, monitorando os contratos, renovações, além das condições de saúde e segurança do trabalho e autorizações para a realização da reforma são alguns dos papeis fundamentais das empresas especializadas em gestão de terceiros e obras. Recentemente os acidentes no Rio de Janeiro, quando três prédios desabaram na região central da cidade; e em São Bernardo do Campo (SP), em que 13 lajes de um prédio desabaram, nos faz refletir, ainda que as causas estejam sob investigação, sobre alguns pontos relacionados a fiscalizações que aconteciam no local. Obras como remoção de paredes, aberturas e qualquer tipo de movimentação que modifique a estruturação do prédio precisam de laudos de engenheiros ou responsáveis técnicos e também de registros em órgãos competentes. Já a empresa responsável pela obra precisa garantir os direitos de seus funcionários, sendo eles terceirizados ou não. Por isso, a resposta do título deste artigo é sim! E para tanto, a gestão de terceiros e obras possibilita que as empresas contratadas atendam nos prazos com qualidade fazendo com que todos os fornecedores se mantenham dentro de padrões estabelecidos e exigidos pelas leis do trabalho e da realização de obras. A fiscalização, a partir daí, torna-se fundamental e indispensável para todos os setores do mercado, inclusive e principalmente para o da construção civil. Nota do Editor: Luiz Carlos Serafim de Andrade é diretor de Tecnologia e Outsourcing da TGestiona (www.tgestiona.com.br).
|