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SEÇÃO
Crônicas
03/03/2012 - 15h01
Pérolas dos sonhos
Ana Marly de Oliveira Jacobino
 

Sonho! Visto como uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono, então, percebo com alegria alguns sonhos que tenho e que me retornam a lugares e pessoas que convivi.

Noite destas uma dessas pérolas encantadas me levou a infância. Lá estava eu, minha irmã Marisa, meus primos Vanderlei e Roberto passeando junto ao meu avô Adão da Costa pelas ruas da Chácara Santo Antônio em direção da Granja Julieta. Árvores e muitas bicas d’água davam um tom divertido nos passeios. Águas cristalinas brotavam nos jardins e parques da Granja Julieta na capital paulista.

Conversando com a minha irmã dia destes, pudemos constatar a sorte dos netos que aproveitaram a mudança dos nossos avós para passarem as suas férias em Sampa!

As mansões não continham seus jardins dentro das grades, como prisioneiras, mas os davam de presente aos transeuntes, embrulhados nos gramados verdes, com laçarotes de belas árvores e canteiros floridos. Oásis verdejante, aqui e acolá, absorvia o calor, enquanto, aliciava os pássaros e borboletas para colorir ainda mais seus recantos.

Neste dia, as brincadeiras da infância tomaram conta de todos. Jogamos muita bola em um parque da Granja Julieta repleto de uma planta aquática conhecida como: biri.

Lembro que em uma das ruas da Chácara Flora, vovô caminhava bem atrás de nós, então, Roberto toca a campainha de uma casa e nos avisa para corrermos e nos escondermos atrás de um carro, logo a frente. Após, um tempo, alguém abre o pesado portão, justamente na hora em que vovô passava. A mulher pergunta; "O que o senhor quer?" Sem se dar conta da situação, ele responde: "Nada!?"

Ela esbraveja, e diz:

“Velho preguiçoso! Vá trabalhar ao invés de ficar tocando as campainhas das casas, de quem tem o que fazer!”

Vovô percebe a nossa peraltice... olha com aquele seu rosto bonachão de vovô arteiro. Pensa! Ergue as mãos para os céus, como fazendo uma oração, aponta o dedo para nós, e, diz:

“Que mulher mal educada, da próxima vez vocês me avisem para eu também sair correndo!”

Hoje, por estes pedaços verdejantes de Santo Amaro de ontem, não se encontra mais nenhum destes recantos encantados da nossa infância; tudo virou uma selva de pedra!

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