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Opinião
06/03/2012 - 11h00
Como ensinar a escuta dos sentidos?
Esther Cristina Pereira
 

O papel da escola está mudando. O parâmetro que existia em relação aos valores pedagógicos precisa ser revisto e pensado pelos educadores sob o crivo da humanização. Ao observar as crianças e jovens, percebo que o importante, hoje, é ensinar a escuta. Mas a escuta em um sentido mais amplo do ouvir da audição. Fazê-los prestar atenção, perceber o que revelam todos os sentidos dos quais dispomos.

É preciso ensinar a ver, sentir, experimentar, se colocar no lugar do outro, sentir pelo outro, perceber a aldeia global como parte integrante da nossa vida, como parte da biodiversidade que somos e que nos mantém equilibrados. É preciso formar cidadãos que entendam seu papel e as consequências de suas ações nessa grande teia que vivemos.

Neste processo de rever nossos sentidos, é fundamental refletir sobre o que ensinamos às nossas crianças nas escolas, na igreja, na sociedade e, principalmente, dentro das famílias, que são a mola mestre do mundo. O que transmitimos como modelo e referência sobre meio ambiente, trânsito, conduta, dinheiro e a influência disso em sua trajetória e seu comportamento.

Precisamos como escola, família e sociedade rever nossos conceitos, e ensinar as próximas gerações a escutar. O mundo precisa desta habilidade para continuar a ser um organismo vivo, com alma e sensibilidade.

A sensibilidade é elemento fundamental para nos permitirmos sonhar e outro ponto que todos nós educadores precisamos ficar atentos é exatamente esse: quais sonhos que deixamos nossas crianças sonhar e quais sentimentos elas trazem dentro delas como desejos verdadeiros e intensos?

Em um mundo que nos entrega tudo de bandeja, em um processo de informatização e tecnologia fornecido às crianças em tenra idade, onde o clicar de uma tecla muda a configuração de tudo, é cada vez mais difícil perceber o impacto das nossas ações sobre o outro. É ainda mais difícil permitirmos sonhar, pensarmos além e entender o sonho como elemento de transformação do que existe ao nosso redor.

É importante, neste início de ano, que cada pessoa mude um pouco para que possamos contar com uma próxima geração mais saudável de coração, sentimento e atitudes para consigo, com o outro e com o mundo. Não poupando nunca a família, pois é ela que determina, sim, a felicidade de seus filhos. Portanto, é fundamental uma aliança entre escola e família na busca de um objetivo comum: mostrar às nossas crianças a importância dos sonhos e dos sentimentos.


Nota do Editor: Esther Cristina Pereira é diretora da Escola Atuação (Curitiba - PR).

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