Passei por esta situação na última semana. Um rapaz sentado no chão à porta de um supermercado me pede com aquela cara de coitado: - “Me paga um refrigerante? Eu acabei de ganhar esta marmita. E não queria comer a seco.” Eu calmamente lhe disse: - “Já lhe disseram que você é uma gracinha?! Hoje eu esquentei o que sobrou de ontem e comi sem refrigerante.” Noutro dia presenciei outro atrevido pedido. Um moço com no máximo vinte anos, logo cedo abordou uma senhora apressada para chegar ao seu serviço e lhe disse, na cara dura: - “Tia, me dá um real.” Ela, muito furiosa, lhe responde: - “O que?! Se eu tivesse um real eu nem ia trabalhar hoje, ficaria em casa.” Como os tempos mudaram?! Tudo isso me faz lembrar da famosa peça “Deus lhe pague”, onde o inesquecível Procópio Ferreira que interpretava o papel de mendigo, assim pedia: - “Uma esmola, pelo amor de Deus!” Assim que recebia uma moeda ele respondia: - “Deus lhe pague!”
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