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Opinião
12/03/2012 - 17h00
Faltou coragem
Reginaldo Gonçalves
 

Com os juros do mercado internacional em queda livre, o Brasil confirma-se como um dos países que têm as taxas mais altas do mundo, refletindo significativamente em nossa produção e consumo. Portanto, foi tímida a decisão anunciada pelo Copom na última quarta-feira (7/03). A queda da Selic em 0,75%, com sua fixação em 9,75% ao ano, foi insuficiente.

O reflexo será o aumento do endividamento interno. Para que haja um equilíbrio, há necessidade de se buscar um crescimento do superávit primário, para tornar possível, assim, o pagamento dos juros e, automaticamente, amortizar o endividamento interno.

Outra preocupação que vai gerar impactos imediatos com o dólar em baixa é que o governo brasileiro está desestimulando as operações de financiamento para exportação, em virtude da entrada da moeda estrangeira com juros muito mais convidativos do que contrair um financiamento no mercado interno, cuja taxa é bem superior ao que ocorre no exterior. A própria presidenta, Dilma Rousseff disse que há uma enxurrada de dólares e euros no mercado internacional, prejudicando todos os países emergentes.

Faltou coragem em algumas manobras, tanto do Banco Central como da presidenta, para se fazer um corte maior na Selic e estimular as empresas brasileiras, fomentando a produção com juros mais baixos. Essas atitudes são tomadas tarde demais, já que a equipe econômica não deixa de lado a “receita de bolo” e continua pensando que tudo que se faz terá de ser no mesmo padrão. Na necessidade, busca-se o aumento dos impostos para que se mantenha o superávit primário e, com isso, as empresas acabam encolhendo, por conta da falta de recursos para reinvestimentos.

Já está na hora de mudar as estratégias, estimulando a produção, reduzindo o impacto tributário e aproveitando os recursos externos que estão com juros convidativos e que podem auxiliar, de maneira direta, o aumento das exportações, incentivos da produção interna e manutenção, ou até aumento (porque não), da empregabilidade.

A moleza acabou. O governo tem de pensar de modo estratégico. Já está na hora de agir como um país que representa a sexta economia mundial. Ou seja, aumentar o PIB de modo responsável, deixar de exportar matéria-prima e começar a buscar a competitividade no produto acabado. Há necessidade de capacitar as pessoas para que haja melhor distribuição de renda. Governo competente não pensa somente em taxar, mas em uma população com melhor educação e vida de melhor qualidade.


Nota do Editor: Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina.

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