Na pessoa saudável o organismo se mantém em equilíbrio e funcionando de maneira adequada para suprir as necessidades do corpo. Quando uma doença surge é sinal de que há algo errado em algum sistema ou órgão e esse desequilíbrio se mostra pelos sintomas (dores, febre, inflamações, tristeza, ansiedade etc.). “A Energia Vital é responsável pela saúde e a doença é o resultado da tentativa de restauração da harmonia no organismo pela Força Vital”, aponta a médica Laís de Siqueira Bertoche, especialista em Psiquiatria e Homeopatia, com pós-graduação em Hipnoterapia Regressiva e Terapia de família. Bertoche explica que cada pessoa é um ser único, que possui uma história singular e necessidades individuais, diferentes dos outros. Por este motivo a cura dos sintomas e das doenças exige uma investigação e uma abordagem terapêutica individualizada. “A homeopatia atua com este princípio de individualidade. A técnica foi desenvolvida pelo médico Samuel Hahnemann e é um sistema de cura baseado na observação dos sintomas, tanto do doente quanto do medicamento. O médico homeopata utiliza as interações dinâmicas entre o campo energético da pessoa e da substância homeopática com o objetivo de curar”, afirma. Qualquer substância - como o sal de cozinha, o veneno da abelha, o ouro - pode ser utilizada como medicamento homeopático. Para isso, os experimentadores, que são pessoas sadias, tomam-na diariamente até que apareçam sintomas (isto é uma experimentação homeopática) que são organizados na Matéria Médica. Aquela substância capaz de produzir certas alterações em um organismo saudável tem a capacidade de curar esses mesmos sintomas quando utilizada em pequenas doses (dinamizadas) numa pessoa doente. “Este princípio é chamado de cura pelos semelhantes”. Dizemos que a doença artificial produzida pelo medicamento homeopático é mais forte que os sintomas da enfermidade natural, obrigando a Energia Vital a atuar de forma a combater esse desequilíbrio artificial, curando assim a doença subjacente. A médica enfatiza que a doença é uma forma da Energia Vital de manter a integridade da vida e as doenças agudas são a tentativa do organismo de acabar com o desequilíbrio, seja pela cura ou pela morte. A homeopatia se baseia em mais dois princípios: as doses mínimas e o remédio único” e seu objetivo é curar doentes, e não doenças, ressalta Bertoche, fundadora do Instituto de Terapia Transgeracional (www.terapiatransgeracional.com.br). Por isso o remédio homeopático só deve ser prescrito após ouvir atentamente os sintomas do cliente, procurando o que é raro e peculiar naquela pessoa, isto é, individualizando os sintomas”, esclarece. Os medicamentos homeopáticos têm como principal finalidade potencializar as capacidades curativas inerentes ao ser, curando tanto o corpo como a mente, sendo bem indicada em fobias, ansiedade, tristeza, insegurança, abandono, medo, ilusões, confusão mental etc. Os medicamentos tratam o indivíduo em sua totalidade e “quanto mais alta a potencia (diluição + dinamização) utilizada, maior o poder daquela substância. Mas note que cada nível de desequilíbrio requer uma potência específica”, ressalta a médica. O paciente também tem papel importante no processo, pois deve relatar todos os sintomas, seu início, sua duração e modalidade os fatores que podem estar associados ao surgimento da doença”. A missão da homeopatia é contribuir para que o restabelecimento da saúde seja mais suave, num tempo mais curto. “No Brasil a homeopatia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina em 1980 e passou a fazer parte do Conselho de Especialidades Médicas da Associação Médica Brasileira em 1990”, acrescenta Bertoche, coordenadora de oficinas terapêuticas e facilitadora sistêmica de grupos.
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