Em busca do bem e combate ao mal
A Páscoa está chegando e já é possível encontrar nos corredores dos supermercados infinitas opções de ovos, bombons, trufas e colomba pascal. Com isso, muito se ouve sobre os possíveis males que o chocolate pode causar à saúde. Porém, a verdade é que, apesar do aparente alto valor calórico presente no doce feito do cacau, são inúmeros os benefícios que essa tentação pode proporcionar. O “alimento dos deuses”, como é considerado pelos astecas e maias, surgiu na América com Cristóvão Colombo. Quando descoberto, o chocolate era utilizado como remédio pelos maias, auxiliando nas secreções brônquicas, diarreia, dispepsias e fraqueza. Chegou até a ser utilizado como estimulante e energético pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Além de rico em vitaminas A, B, C, D, magnésio, manganês, potássio, sódio, ferro, flúor e fósforo, o chocolate apresenta as seguintes substâncias: • Teobromina: estimula o cérebro • Fenilalanina: “hormônio da paixão” - prazer e euforia • Tiramina: estimula os neurônios • Cafeína: libera neurotransmissores cerebrais • Flavonoides: propriedades antioxidantes • Metilxantina: estimula o sistema nervoso central - prazer Mais que uma simples sobremesa, o chocolate oferece inúmeras propriedades: acalma a TPM, age como antidepressivo transitório, diminui o LDL (colesterol ruim) e aumenta o HDL (colesterol bom), diminui o risco de doenças cardíacas e ainda atua como antioxidante e antienvelhecimento. Amargo, meio amargo, branco, ao leite ou diet. São vários os tipos de chocolate encontrados nas prateleiras dos supermercados e docerias. Na hora de escolher, opte por amargo ou preto, que são ricos em cobre, substância responsável por afastar doenças cardiovasculares. O amargo apresenta maior porcentagem de antioxidantes já que contém mais massa de cacau. O chocolate branco não contém massa de cacau em sua fórmula, apenas manteiga de cacau, açúcar e leite, por isso não traz tantos benefícios como os demais e não é indicado para quem tem problemas vasculares ou diabetes e, até mesmo, para quem está de dieta. Já o meio amargo caracteriza-se por não levar leite em sua composição. A versão ao leite é rica em vitamina B, proteínas e cálcio. É composto por massa de cacau, manteiga de cacau, leite em pó e açúcar. Há também o chocolate diet com sacarina sódica. O ideal é ingerir em torno de 50 g por dia ou um pedaço pequeno. Se consumido com moderação e acompanhado de uma alimentação equilibrada e exercícios físicos regulares, o chocolate pode passar de vilão a herói do bom humor, de uma vida saudável e cheia de prazeres. Nota do Editor: Dra. Sylvana Braga (www.sylvanabraga.com.br) é nutróloga, reumatóloga, fisiatra e especialista em prática ortomolecular, também autora do livro “Dieta Ortomolecular - o segredo de rejuvenescer em total harmonia", que traz mais de 100 receitas para se manter saudável de forma natural.
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