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Opinião
05/04/2012 - 06h07
O tempo e a alma
Dartagnan da Silva Zanela
 

Eis que está por findar o tempo quaresmal. Tempo de meditação, de reflexão e, acima de tudo, de conversão. Aliás, é com grande sabedoria que a Santa Madre Igreja organiza o calendário litúrgico para que, no correr dos abençoados dias de um ano meditemos, à luz dos Ensinamentos de Nosso Senhor, sobre o nosso lugar dentro da História Sagrada e, principalmente, sobre a forma como estamos escrevendo a história da salvação de nossa alma.

Sim, o calendário litúrgico, bem como a liturgia diária, não é reles acessório secundário à prática religiosa. Muito pelo contrário! É um meio eficaz para a nossa dignificação, para o nosso crescimento e o desdém que muitas das vezes emana de nossa parte frente a essa realidade muito bem retrata o quão parva é a nossa fé, o quão pífia são as palavras ditas por nossos lábios quando nos declaramos Cristãos Católicos tementes a Aquele que é.

Fato ululante às nossas vistas é o desleixo que vem tomando conta da brasílica sociedade frente à Quaresma. Houve um tempo em que o resguardo destes dias era algo claro e presente aos olhos de todos os fiéis, todavia, muitos são aqueles que desdenham a postura exigida neste tempo de penitência, de aprofundamento da vida interior, que nos são sugeridos por aquela que é MATER ET MAGISTRA.

Naturalmente, não estamos afirmando que a sociedade brasileira deveria ter a sua rotina amoldada de acordo com os cânones propostos pela Igreja. Não é isso cara pálida. O que estamos indagando, o que estamos sugerindo que seja perguntado por você, em seu íntimo, é sobre a sua real fidelidade Àquele que você diz ser fiel.

Sim, o mundo não é obrigado a converter-se, porque a mensagem de Nosso Senhor não foi dirigida para o mundo. Ela foi proferida para cada um de nós, pessoalmente. Isso mesmo. Se não a ouvimos é justamente porque não mais sabemos escutar. Queremos falar, ansiamos sempre por fazer valer a nossa ignóbil vontade, porém, olimpicamente desdenhamos a urgente necessidade de aprendermos a permitir que seja feita a vontade do Altíssimo em nossa vida, mesmo que repitamos, verbal e mecanicamente, as sete promessas da oração dominical.

Por isso, não é o tempo litúrgico que deve ser adaptado às nossas vidas. Somos nós que devemos nos amoldar de acordo com os ensinamentos que nos são apresentados por estes para que se realize em nós a alquímica transformação duma alma aguada, parada e insípida em um virtuoso vinho.

Mas, é claro que você, meu caro ledor, tem questões muito mais importantes para priorizar em sua vida do que tudo isso que foi apontado nestas turvas linhas, não é mesmo? Fazer o quê?


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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