Vemos que a necessidade de remodelagem da estrutura produtiva brasileira, induzindo maior capacitação tecnológica dos setores mais dinâmicos nos mercados internacionais é uma das justificativas para a política industrial e isso não foi exaustivamente abordado no pacote de incentivo à indústria lançado na terça-feira (3/4) pelo governo. O País precisa de uma melhora e expansão do sistema de infraestrutura, para suprir falhas existentes (market failures) e permitir a adoção de instrumentos de caráter não só horizontal, como também vertical. Na eficiência para competitividade, precisa do incremento da eficiência produtiva da economia, notadamente dos setores produtores de bens tradables, como forte aliado do progresso tecnológico, promovendo o desenvolvimento econômico e social. Quanto à inovação, tanto comentada, precisamos de instrumentos que fomentem o aumento da capacidade de inovação das empresas, com maior incremento das exportações, privilegiando os setores com maior potencial de absorção, criação e difusão de inovações tecnológicas. Esperamos que essas medidas sejam completadas com mecanismos que incentivem não só a demanda, mas favoreçam a possibilidade de aumento da oferta pelas indústrias, com pleno aproveitamento social e responsabilidade social. Nota do Editor: Antonio Carlos Porto Araujo é consultor de energia renovável e sustentabilidade da Trevisan Escola de Negócios.
|