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Opinião
24/04/2012 - 06h02
Será a revolução ética e moral?
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A queda de ministros, outras autoridades e servidores acusados de “malfeitos”, a apuração de supersalários e mordomias, inclusive no Poder Judiciário, a CPI para apurar a ação do crime organizado nas entranhas do poder, o anúncio do julgamento do mensalão, e até a queda dos juros elevadamente imorais praticados no nosso mercado, apontam para a possibilidade de um novo e sustentável Brasil. Dão, inclusive, a sensação de que já vivemos sob um clima de revolução ética, destinada a consertar a máquina pública, estancar a corrupção e criar condições objetivas para que cada instituição ou cidadão cumpra rigorosamente com seu dever.

Aguarda-se, ansiosamente, que a CPI cumpra sua finalidade, os culpados do mensalão sejam condenados, a imprensa investigativa e fiscalizadora não seja importunada, e que os dispositivos de fiscalização e controle do Estado – Ministério Público, Polícia e Receita Federal e outros – tenham a liberdade para agir de forma republicana, apurando e denunciando as irregularidades sem levar em conta a identidade dos praticantes. Todos, indistintamente, devem cumprir com suas obrigações civis, sociais, tributárias, fiscais e outras e, em não o fazendo, ter a certeza da justa punição oficial.

O país precisa abandonar o cinismo. Acabar com a impunidade e aplicar os rigores da lei sobre todos que insistirem em descumpri-la. Processar e julgar os responsáveis por atos de corrupção, sonegação e descumprimento das normas vigentes. Não tolerar o crime e a contravenção em qualquer de seus formatos. Acabar com a tolerância, muitas vezes corrupta e criminosa, aos esquemas de poder paralelo que acabam por substituir o Estado e até a confrontá-lo. O originalmente inocente jogo-do-bicho, por exemplo, é uma escandalosa cumplicidade que precisa acabar. É proibido, mas funciona em toda parte e, por atuar no subterrâneo, gera uma série de crimes colaterais. Já que não consegue com ele acabar, o Estado poderia até legalizá-lo para poder fiscalizar sua execução e evitar a promiscuidade com o crime. Com isso, geraria empregos e arrecadação de impostos.

No dia em que os indivíduos tiverem a certeza da punição, poucos serão os que ainda assim arriscarão a prevaricar ou agir ilegalmente. Por certo reduzirão as atividades ilegais, a sonegação, o contrabando, a lavagem de dinheiro, a violência e outros males hoje endêmicos. Feito isso, o país estará pronto para marchar rumo ao sonhado grande destino entre as nações.

A pesquisa que aponta o governo de Dilma Rousseff com 64% de aprovação, suplantando as marcas de Lula (38%) e FHC (30%) em igual período, demonstra, entre outras coisas, a aprovação popular ao seu discurso moralizante e à, ainda tímida, “faxina” que tem promovido no governo. O clima é favorável. Está na hora de mudar (para melhor) o Brasil...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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