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SEÇÃO
Crônicas
02/05/2012 - 15h01
`...sentar cachorro em banco´
Marina Alves
 

Cresci ouvindo a expressão: “Não adianta querer sentar cachorro em banco". Ficava pensando no significado de tão profunda filosofia. Qual seria o fundamento de tamanha e enigmática verdade dita com certa frequência ao calor das discussões, em tom sempre meio colérico ou desprezível?

Meu senso de observação me deu as coordenadas. Passei a entender: quem dizia isso na verdade queria dizer que, às vezes, colocamos créditos em quem não os merece. Detalhe importante: o merecedor da aparentemente ingênua frase, era, na maioria das vezes, reincidente. Isso significa que cometia erros em série, em outras palavras, não aprendia com as cabeçadas que dava...

Ora, “errar é humano, persistir no erro é burrice”, outra famosa frase que todos nós conhecemos, mas nem sempre aplicamos, o que significa que a segunda parte dela não nos convence muito. Em compensação, frequentemente, usamos a primeira para nos justificar toda vez que damos aquela vacilada básica... Fazer o quê? Somos assim...

Agora, o que tem a ver o “errar é humano, persistir no erro é burrice” com o “sentar cachorro em banco”? Tudo. Levando em consideração que quem persiste no erro corre o sério risco de ser comparado a um cachorro... Vai sempre frustrar aquele que tentar fazê-lo de gente e, comportadamente, sentá-lo num belo banquinho... Bom menino! Que pena, deu tudo errado!

Grande é a decepção daquele que, sendo “traído”, aponta o dedo para seu algoz e diz “pensei que cê era gente”. Concluir que quem a gente pensava ser gente, não é gente, é, por certo, uma das piores descobertas. Outro fato é que as palavras cachorro, cadela, burro, anta, jumento e outras, pejorativamente aplicadas ao Ser humano, nunca foram bem-vindas. Alguém convive numa boa com isso? Eu não.

Mas a coisa não pára por aí. Vi um programa em que um lindo poodle derrubou essa "hipótese" do povo, que agora trato aqui: elegantemente sentado num banquinho ele provou que cachorro senta em banco, sim! E era em rede nacional, com plateia e tudo. Como ele bem deu o exemplo, o ser humano tem a péssima mania de desvirtuar tudo em seu favor. E, não querendo menosprezar o bicho-gente, nossos dogs têm se comportado muito bem! Aliás, muito melhor que muita gente aí...

Bom, mas eu sou suspeita. Amo os cães e deposito neles toda a minha credibilidade. Com banco ou sem banco, eles são um show à parte e merecem todos os aplausos da plateia. Por outro lado, certas “gentes”, que me desculpem... Não merecem mesmo um pingo de crédito... E sentadas na lama, já estão num trono...

(Em repúdio a certas coisas que acontecem nesse País.)

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