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Opinião
17/05/2012 - 17h21
Falta de confiança não gera negócio
Reginaldo Gonçalves
 

O ano de 2011 foi de mudanças em diversos segmentos, com fusões e aquisições por grandes grupos, quer pela melhor remuneração dos seus acionistas, quer pela sobrevivência em um mundo globalizado. Foi o caso, por exemplo, da operação de fusão das Casas Bahia e o Ponto Frio, que visava ao equilíbrio dos patrimônios para o grupo Pão de Açúcar não colocar recursos na operação. Através de estratégias societárias, foi possível realizá-la, de modo que para o sócio majoritário ordinário, o Casino, não haveria implicações na gestão dos negócios e nem perda de qualquer poder.

Talvez essa iniciativa já fosse uma forma de Abílio Diniz efetuar junto com a instituição financeira uma estratégia de aquisição do Carrefour no Brasil. A operação poderia afetar a participação ordinária, já que essas ações fizeram parte das negociações quando a situação financeira do Pão de Açúcar não era confortável, mas foi mantida, por acordo de acionistas, que o gestor permaneceria nos negócios.

Depois de perceber a manobra societária sem uma autorização do Grupo Casino, detentor da maior parte das ações ordinárias, a situação ficou complicada, gerando desconfiança. Em virtude disso, foi solicitado, antecipadamente, Juízo Arbitral, para que se ponderasse sobre o acordo de acionistas. Por decisão dos acionistas majoritários, pode-se manter ou não o atual representante do Pão de Açúcar, Abílio Diniz.

Isso gerou desgastes, e o descontentamento da postura acarretou embaraços entre os acionistas majoritários e o representante no País. A primeira decisão de destituir Abílio Diniz do Conselho de Administração, cargo que ele ocupa desde 1999, foi tomada no final de março pelo grupo Casino. Diniz já foi notificado pelos franceses sobre a decisão destes de nomear um chairman do Conselho de Administração do Wilkes, holding de controle do Pão de Açúcar.

A situação não poderia ser diferente. A globalização aliada aos problemas existentes no mercado europeu, as tomadas de decisões de Abílio Diniz e a possibilidade de mudança na participação acionária, garantindo a sua perpetuidade no poder, demonstraram que as mudanças sem respeito geram desconfianças, e no momento em que se perde isso, não há negócios.

As mudanças de gestão poderão trazer uma outra dinâmica para o grupo Pão de Açúcar. Mesmo que o poder esteja na mão de estrangeiros, acredita-se que não haverá mudanças na política interna relacionada a preços e manutenção da empregabilidade, até porque os acionistas majoritários não assumiram antes em virtude do acordo em que existia o respeito pelo "fio de bigode".


Nota do Editor: Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina).

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