Acredito que se criou alguma (mais uma) credencial (ilegal), para tomadores de conta na rua, com a intenção (boa) de que com ela, obtivessem algum recurso para diminuir ou atenuar, temporariamente, suas dificuldades. O certo é que, a tal credencial na prática, vira documento coercitivo e o tal cidadão, antes carente, vira empresário e, fica valente. Subloca espaços públicos (loteando para outros sem credencias seu "domínio") renega e repudia "contribuições" menores (do que R$ 1,00 por veículo. O resultado desta fórmula em nome do "tudo pelo social", larga e estupidamente utilizada por vereanças passadas, tem mostrado-se inconseqüente. Esta fórmula e, todas as outras do mesmo gênero e, em muito mais números. Entenda-se como as licenças de ambulantes. Criou sim, com estas verdadeiras distorções legais do uso do espaço público, uma classe super elitizada. Uma classe a margem da lei e, ao mesmo tempo (pasmem) protegida por ela. Esta classe tem as regalias das filantrópicas. São imunes. Imunes aos rigores legais e das fiscalizações de toda ordem. São concorrentes (desleais) dos legalizados, cada vez mais escorchados. Aos legisladores desinformados, mal preparados e "filantropos (com o nosso)" cabe esclarecer que o que está faltando não são postos de trabalho. Postos de trabalho, para quem realmente trabalha nunca faltou. O trabalho, como o capital, vale quanto rende.
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