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Medicina e Saúde
24/06/2012 - 16h07
Cárie não é doença
 
 
Por meio da profilaxia em consultório, você pode até deixar de escovar os dentes corretamente todos os dias e não ter uma cárie sequer

A cárie sempre foi tratada na sociedade como uma doença, um retrato da vida moderna. Quando na realidade o que se deve fazer, primeiramente, é entender o que é a cárie. O Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Lima (Odontopediatra) Professor e Pesquisador da FOB (Faculdade de Odontologia de Bauru - USP) investiu 35 anos de estudos, trabalhos científicos e práticas clínicas com o objetivo de implantar e praticar um novo conceito na odontologia brasileira, sobretudo, para prevenir a cárie dentária a ter que tratá-la.

Ele utiliza um exemplo simples e fácil de entender porque a cárie não deve ser considerada uma doença. O homem primitivo caçava e comia, não utilizava escovas dentais, não realizava higiene bucal e não tinha cárie. Isso fazia parte da biodiversidade natural a qual ele pertencia, o equilíbrio físico-químico. “Apesar de todos os elementos necessários para desenvolver a cárie existirem, havia uma condição de desequilíbrio e reequilíbrio, representados pelo fenômeno da desmineralização e remineralização, mediadas pela saliva, que mantinha a estrutura do esmalte dentário intacta e o equilíbrio da cavidade bucal”, afirma.

A cárie dentária não deve ser considerada uma doença, mas uma lesão do esmalte provocada pelo desequilíbrio de fatores considerados fisiológicos, pertencentes à biodiversidade do ser humano e especificamente da cavidade bucal. Deste modo, deve-se investir no equilíbrio biológico da boca, sem perder a qualidade de vida do ser humano, quer dizer, sem se privar de comer os alimentos que gosta, explica o professor.

Hoje em dia, as pessoas consomem grandes quantidades de produtos industrializados, com níveis elevados de conservantes, corantes e açúcares que, por consequência, causam um desequilíbrio da biodiversidade bucal. Por esta razão, o especialista observa que a melhor maneira de evitar esse desequilíbrio e a cárie, é a remoção periódica da placa bacteriana, desde a infância, no consultório, que pode proporcionar o reequilíbrio da biodiversidade antes que ela produza ácidos em quantidade e frequência suficientes para lesionar o esmalte dentário. “Uma profilaxia mensal ajuda a conquistar um resultado de quase 100% de sucesso na prevenção da cárie, sem intervenção química, mesmo que a escovação em casa seja vulnerável”, explica o professor.

Ao longo dos últimos anos, após comprovação científica, o Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Lima passou a priorizar a prevenção da cárie a tratá-la. Diversas clínicas no Brasil já aderiram a esse conceito, porém, a pioneira neste tipo de atendimento foi uma clínica de Bauru. Depois disso, muitos profissionais da área interessaram-se e uniram-se ao projeto. Hoje, a TopDent (www.topdent.com.br) já possui 60 clínicas franqueadas no Brasil.

Para os adultos que possuem um correto hábito de higiene bucal, é muito difícil ocorrer lesões de cárie, pois os dentes são naturalmente mais resistentes devido a maturação do esmalte e hábitos alimentares menos frequentes. Porém, ninguém é imune à cárie dentária. Através da profilaxia mensal em consultório, é possível conquistar o estágio de cárie zero mesmo que a escovação não seja diária e habitual.

Por isso, a importância de tratar a cárie o mais cedo possível. Quando surgem lesões numa idade precoce, a cárie deve ser tratada o mais breve levando em consideração o lado emocional da criança que pode ser preservado com sessões de condicionamento, ou seja, retornos ao consultório, com o objetivo de conhecer o ambiente, o profissional e os procedimentos, deixando a criança mais segura no momento do tratamento da lesão. O ideal é iniciar uma odontologia preventiva desde os primeiros meses de vida. Dessa forma, a criança tem grandes chances de chegar a fase adulta sem passar pela experiência da cárie dentária que pode trazer prejuízos tanto físicos quanto emocionais.

O ideal é evitar gastos com tratamento para a cárie prevenindo seu aparecimento. O custo de um tratamento vai depender muito do estágio da lesão de cárie, profundidade, material restaurador e a mão de obra do profissional que varia muito de região para região.

O professor José diz que “o tratamento sempre será mais caro para o paciente do que a prevenção, pois, o tratamento deverá ser acompanhado e refeito por várias vezes ao longo da vida”. Isso porque ainda não existem materiais que substituam os tecidos dentários de forma a manter a saúde periodontal e da oclusão como um dente totalmente íntegro. Se pensarmos em relação ao custo-benefício, a prevenção sempre trará maiores benefícios e deve se iniciar aos seis meses de idade e prolongar por toda a vida, proporcionando conforto e segurança ao paciente.

“Tratar a cárie é desnecessário, pois hoje em dia existe uma prevenção efetiva que proporciona 99,8% de chance da pessoa nunca ter cárie na vida”, finaliza Dr. José.

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