Escrevo-lhes de forma sincera e desinteressada, para adverti-los de que neste momento se está executando um plano para derrocar o Presidente Uribe e entregar o controle da Colômbia a Fidel Castro. Os fatos são os seguintes:

As FARC e o ELN não são grupos autônomos, nem representam o interesse dos colombianos; seguem diretrizes de uma maquinaria internacional - o Foro de São Paulo - criada por Fidel Castro, com o objetivo de tomar o poder em toda a América Latina.

O Foro de São Paulo conta com uma vasta rede de apoio continental, que inclui inúmeros partidos políticos, sindicatos, movimentos religiosos, movimentos indigenistas, grupos guerrilheiros (dentre eles as FARC e o ELN), e meios de comunicação. Nos últimos anos, o Foro de São Paulo adquiriu muita força e expandiu suas operações, porque trabalha estreitamente com outra estrutura internacional denominada Fórum Social Mundial.

A estratégia do Foro de São Paulo (FSP) consiste em tomar o poder pela via eleitoral, nos países onde se o permitem e pela via das armas, onde não. Às vezes usam um método misto: primeiro acossam os governos com conflitos fronteiriços (caso colombiano), quartelaços (caso peruano) ou sublevações violentas (caso boliviano); e, uma vez debilitados, os rematam com o mecanismo eleitoral.

As guerrilhas colombianas converteram-se em um elemento chave desta estratégia, porque o Foro de São Paulo as utiliza como braço armado, centro de treinamento e fonte de financiamento para desestabilizar os governos democráticos da região.

Dado que o governo colombiano conseguiu desmantelar a terça parte das FARC e do ELN, e ameaça derrotá-las definitivamente, o Foro de São Paulo pôs em marcha um plano continental para derrubar o Presidente Álvaro Uribe. O plano consiste em, primeiro, realizar uma campanha de desprestígio contra Uribe, com a participação de todos os membros do FSP na América Latina, para debilitá-lo politicamente e, segundo, usar a Venezuela como instrumento de choque contra o governo colombiano, para criar uma grave crise interna, embora o povo venezuelano rechace esta manobra e não se prestará para um enfrentamento estéril.

O próximo passo do Foro de São Paulo é tomar a Bolívia, onde o FSP apóia a candidatura de Evo Morales e, em seguida, avançar rapidamente para o sul, até controlar o continente inteiro e pô-lo nas mãos do regime cubano.

Considerei um dever de consciência informá-los dos perigos que os ameaçam, para que possam neutralizá-los. Me atrevo a recomendar-lhes que não caiam em provocações e que sigam lutando valentemente contra a guerrilha. Ao fazê-lo, não somente defendem a sua própria pátria, como o futuro de todos os latino-americanos.

Nota do Editor: Alejandro Peña Esclusa é Engenheiro Mecânico, egresso do Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional, ex-candidato à Presidência da Venezuela. Atualmente é presidente da associação Fuerza Solidaria. Tradução: Graça Salgueiro.