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Medicina e Saúde
08/07/2012 - 07h02
Nova técnica corrige doença na córnea
 
 
Procedimento só é indicado quando a doença está estabilizada há um ano. Também pode ser aplicado em quem tem córnea fina e quer corrigir miopia ou astigmatismo

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de aprovar uma nova lente intraocular que é a primeira a chegar ao país com a proposta de corrigir o ceratocone. A doença atinge cerca de 190 mil brasileiros e geralmente aparece na adolescência. Afina e dilata a córnea que passa a ter o formato de um cone. Esta deformação induz à miopia e ao astigmatismo irregular. Resultado - Os portadores enxergam imagens fantasmas e halos.

Por enquanto, um grupo pequeno de especialistas tem certificação para realizar o implante da nova lente no Brasil. Entre eles o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto. O médico diz que o método já é internacionalmente utilizado, principalmente na Europa. “O procedimento é parecido com a cirurgia de catarata, mas não remove o cristalino”, afirma.

Duas semanas antes da cirurgia é feita uma ou duas pequenas aberturas próximas à borda da íris, parte colorida do olho. O especialista diz que essas aberturas permitem a circulação do líquido do olho ao redor da lente que vai ser implantada. “Isso garante o aporte de nutrientes ao sistema ocular e evita a formação de depósitos que levam à opacificação do cristalino”, explica.

Segundo Queiroz Neto, a nova lente é injetada entre a íris e o cristalino através de uma incisão feita na córnea. O procedimento é ambulatorial, feito com anestesia tópica. “A recuperação é rápida. Entre um e dois dias já é possível retomar as atividades”, comenta. O médico destaca que a qualidade da visão melhora muito após o implante, mas dependendo da gravidade do ceratocone pode restar algum grau.

Indicações

Queiroz Neto ressalta que o implante só e indicado para quem tem entre 21 e 45 anos e ceratocone estabilizado há um ano. Ele lembra que a única técnica capaz de estabilizar a doença é o crosslink. Isso porque, consiste na aplicação de ultravioleta associado à riboflavina (vitamina B2) que provoca novas ligações entre as fibras de colágeno da córnea e a torna mais rígida.

O especialista diz que a lente corrige até 23 graus de miopia e 6 graus de astigmatismo. Por isso, o implante também é indicado para míopes e portadores de astigmatismo que não podem fazer a cirurgia refrativa porque têm a córnea fina.

Contraindicações

O procedimento é contraindicado para:

· Portadores de inflamação ocular, glaucoma, catarata, descolamento da retina, degeneração macular.

· Quem tem menos de 21 anos.

· Mulheres grávidas.

· Câmara anterior menor que 2,8 mm.

· Baixa densidade celular do endotélio (camada interna da córnea).

· Pessoas alérgicas aos colírios que devem ser usados no pós-operatório.

Como toda cirurgia, esta também tem riscos. Queiroz Neto afirma que principais são indução ao glaucoma e à catarata. Os sinais de alerta após o implante são dor nos olhos e visão embaçada. Como o procedimento é reversível, o desenvolvimento de complicações pode ser interrompido. Independente de qualquer desconforto é importante fazer acompanhamento médico anual, conclui.

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