20/08/2025  20h07
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Medicina e Saúde
13/07/2012 - 18h23
Perda auditiva diagnosticada, e agora?
Lia Hoshii
 

Após a descoberta de uma deficiência auditiva, surge uma série de dúvidas sobre saúde, mas também sobre o convívio social, já que a audição é uma forma de contato com o mundo. A linguagem é uma capacidade nata das pessoas e é usada na comunicação, responsável pelo desenvolvimento da espécie humana.

Durante uma conversa, não é apenas o significado da palavra em si, nem somente sons isolados que importam e traduzem o que se planeja dizer. A entonação, o volume e a forma como as palavras são dispostas no discurso constituem o sentido da frase. Por isso, a audição é a chave para a construção das relações interpessoais e atividades sociais, onde a habilidade de perceber sons mínimos do cotidiano pode fazer a diferença.

Perdas auditivas são irreversíveis. Dado o diagnóstico, é preciso iniciar tratamento o mais rápido possível para evitar piora no quadro. Daí a importância de ir ao otorrinolaringologista anualmente para uma avaliação audiológica.

Mas, o que fazer quando não estamos mais aptos a identificar e perceber certas informações sonoras? O primeiro passo é investigar, juntamente com o médico, se o caso é para uso de aparelhos auditivos, que podem trazer de volta à vida da pessoa que sofreu perda auditiva os sons da natureza, a música, ou vozes de pessoas mais próximas.

Um aparelho auditivo é indicado de acordo com o grau da perda auditiva, a anatomia da orelha, necessidades auditivas, gosto pessoal e estilo de vida. É possível escolher entre modelos sob medida (intra-aurais, usados dentro do ouvido) ou retroauriculares (uso externo, acima da orelha). O responsável pela seleção do dispositivo mais adequado junto ao usuário é o fonoaudiólogo.

Assim como os óculos ou lentes de contato, um aparelho auditivo pode parecer estranho no começo. Após um breve período de ajuste, o usuário começa a se acostumar aos poucos. Não há pressa para a adaptação. Entretanto, em caso de dor, vale uma conversa com o profissional de saúde auditiva.

Muitas pessoas não se adaptam ao aparelho auditivo e acabam deixando o equipamento guardado na gaveta por anos, até que sua perda auditiva piore ao ponto de atrapalhar a vida cotidiana. Entre as razões estão o medo de sofrer preconceito, pelo desconforto ou por atrapalhar na mobilidade. Por isso, a tecnologia em soluções auditivas vem evoluindo, possibilitando a existência de aparelhos auditivos tão pequenos que chegam a ser quase invisíveis e totalmente personalizados, para evitar qualquer dificuldade de adaptação. Há inclusive modelos resistentes à água.

Quando o aparelho auditivo fica pronto, o fonoaudiólogo deve adaptá-lo ao ouvido do paciente, ou seja, fazer os devidos ajustes, de acordo com a perda auditiva e preferências. Além disso, o usuário deve receber todas as orientações sobre como controlar o volume (caso necessário), trocar pilhas e os cuidados básicos. Por fim, o especialista irá explicar como o aparelho reage em diferentes situações.

Somente depois destas etapas o paciente pode levar o aparelho auditivo para casa. À princípio, deve-se usá-lo durante poucas horas por dia em ambientes conhecidos. Algumas situações podem parecer estranhas neste período. A melhor forma de explorar esta nova sensação é falar com as pessoas e assistir à televisão. A própria voz pode parecer esquisita ou soar muito forte, porque a pessoa se habituou a falar muito alto para se ouvir. Vale praticar uma fala mais suave. Uma dica: anotar as novas experiências vai ajudar o profissional a fazer o ajuste fino do aparelho auditivo.

Após esta fase, o usuário de aparelho auditivo começa a recuperar, a cada dia, um pouco da sua qualidade de vida. É importante manter o uso do dispositivo e aprender aos poucos como aproveitar ao máximo o aparelho para desfrutar de todos os benefícios que ele pode oferecer. Dependendo da situação, ainda é possível aliar acessórios para potencializar as vantagens, como captar o som da TV diretamente ao aparelho auditivo e alternar o som para uma ligação ao celular apertando apenas um botão.

O mais importante é que a pessoa volte à sua rotina normal, saindo com os amigos, praticando esportes, mantendo-se ativa, tanto socialmente quanto fisicamente.


Nota do Editor: Lia Hoshii é fonoaudióloga da Phonak, formada e Mestre em Fonoaudiologia pela PUC-SP e especialista em Audiologia pela Santa Casa de São Paulo.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "MEDICINA E SAÚDE"Índice das publicações sobre "MEDICINA E SAÚDE"
26/12/2022 - 07h45 Excesso de tecnologia pode afetar a saúde mental
24/12/2022 - 06h33 Depressão é um perigo silencioso
23/12/2022 - 05h58 Febre alta e dor no corpo?
21/12/2022 - 06h08 8 passos de primeiros socorros do infarto
10/12/2022 - 05h22 Casos de dengue aumentam 180,5% em um ano
03/12/2022 - 05h39 6 mitos sobre a saúde ocular infantil
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.