O aumento da expectativa de vida e as mudanças positivas na economia brasileira nos últimos anos ampliaram as discussões sobre o tema aposentadoria e levaram o brasileiro a mudar sua visão sobre o futuro, especialmente no que se refere aos aspectos financeiros. De olho neste mercado, as instituições financeiras aproveitaram a oportunidade para disseminar informações sobre planos de previdência privada, o que foi feito com muito sucesso. Para a maioria das pessoas, que sempre teve como referência de investimento a caderneta de poupança, ter um plano de previdência privada foi uma grande mudança. Agora, o momento econômico pelo qual passamos pede mais uma grande adaptação na forma de pensar os investimentos com foco na aposentadoria. Está na hora das pessoas começarem a gerir o próprio dinheiro para alcançarem melhores rendimentos e, consequentemente, garantirem um futuro tranquilo. Além de planos de aposentadoria e poupança, há uma série de instrumentos que podem ser utilizados com foco em investimentos de longo prazo. Pensar nestas alternativas requer pesquisa, informação e conhecimento do que cada produto oferece e quais as taxas e impostos cobrados para cada um deles. Hoje, entre as opções, uma excelente aplicação com vistas à aposentadoria, ou seja, com foco no longo prazo, é o chamado CDB (Certificado de Depósito Bancário). Entre todas as diferenças de um CDB e os produtos tradicionais, a grande vantagem é o fato de o investidor não pagar taxas de carregamento e administração. Porém, como em todo investimento, é preciso pesquisar. As instituições oferecem títulos aos clientes como forma de captação de recursos, ou seja, nada mais é do que um empréstimo que o investidor faz ao banco. Por isso, deve-se sempre procurar as melhores taxas. Isso significa buscar rendimentos acima de 100% do CDI, taxa de juros cobradas entre bancos. Via de regra, os maiores bancos são os que pagam as menores taxas. O investidor também deve buscar CDBs de instituições que não façam diferenças entre aplicações de pequenas quantias e grandes valores. Em relação ao prazo, aquele que optar por ter parte de seus recursos investidos em CDB pensando na aposentadoria deve ter em mente que a aplicação é de longo prazo e que, se fizer o resgate antecipado, não terá o retorno esperado, regra que também vale para os planos de previdência. Além disso, CDBs com prazos mais longos, por exemplo cinco anos, também costumam remunerar mais do que um título de dois anos. Pensando na aposentadoria, é importante que o investidor sempre renove o investimento ao vencimento do título. Opções para planejar e garantir que a aposentadoria seja realmente tranquila financeiramente existem e gerir o próprio dinheiro é um importante passo para alcançar resultados mais interessantes. Basta pesquisar, informar-se e manter a disponibilidade de recursos para este fim. Nota do Editor: Cláudio Ferro é presidente do Banco Ficsa.
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