20/08/2025  17h18
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
25/07/2012 - 11h01
Quando o consumidor desaparece
Maurício Stainoff
 

As lojas continuam lá, com as portas abertas, mercadorias expostas, vendedores prontos para atender, porém, as lojas estão quase vazias e todos se perguntam: onde estão os consumidores?

É comum esse fenômeno ocorrer na segunda quinzena do mês, mais ainda, na segunda dezena. A explicação mais comum é que o consumidor concentra suas compras no início do mês, quando recebe o seu salário, que é verdade, mas não é apenas isso. Ele também recebe o vale e pode usar o cartão de crédito, entre outras possibilidades.

Ocorre que as despesas das famílias mudaram muito nos últimos anos. Até a pouco tempo as famílias não tinham despesas, como: telefonia celular, mesmo o telefone fixo só se popularizou após as privatizações, internet, TV a cabo, planos de saúde, que a nova classe média está aderindo, acesso ao financiamento de carros e as despesas decorrentes dessa aquisição, taxas cobradas pelos cartões de crédito etc.

Não conheço ninguém que consiga viver sem ao menos um celular e internet. Essas novas “despesas” já se tornaram indispensáveis, diminuindo a capacidade das famílias de comprarem produtos nas lojas, pois parte do orçamento familiar já está comprometido.

Esse fato é ainda mais perverso nas cidades do interior.

Nessas cidades parte do dinheiro que todo mês vai para o bolso dos trabalhadores e aposentados, não circulará localmente. Esse recurso deixará as cidades e irá para os bancos, empresas de telefonia, TV a cabo, financeiras, loterias, cartões de crédito, distribuidoras de combustíveis e eletricidade, concessionárias de rodovias, o e-commerce, entre outras.

O orçamento dos municípios também perde, a maioria dessas grandes corporações está sediada nas capitais, os impostos que elas recolhem ficam no município onde ficam suas sedes. Muito pouco é devolvido pelo estado ou pela união, que fica com a maior parte da arrecadação.

Diminuindo a capacidade de investimento do poder público local, o desenvolvimento e o progresso dependem quase que exclusivamente do setor privado, ou da vontade política do governo estadual ou federal. Afetando a vida de todos e naturalmente o comércio local. Os prefeitos e vereadores têm a obrigação de trabalhar para mudar esse quadro.

Os empresários do varejo precisam da criatividade, do talento e da capacidade de empreender, para manter o consumidor presente nas lojas e não deixar de vender. A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) pode contribuir e é a melhor opção para o lojista buscar soluções.


Nota do Editor: Mauricio Stainoff é presidente da FCDL - SP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.