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Opinião
08/08/2012 - 17h05
O mercado varejista
Reinaldo Clementino de Souza
 

O Brasil está fazendo uma política monetária de redução dos juros, que a princípio é excelente, pois aumenta a possibilidade de tomada de renda de terceiros, com menores custos, portanto mais barata, abrindo o mercado financeiro, tanto para o empresário do ramo varejista (capital de giro ou imobilizados), quanto para o consumidor, que pode ampliar seu crédito (aumentando sua renda). Porém, isto levará a uma pressão do setor bancário, com aumento de outras tarifas e produtos, para captação de recursos.

Não podemos esquecer o bicho papão, o terror de qualquer economia, a inflação. Da qual temos quatro tipos: a inflação de demanda, ocasionada por um descontrole, como, por exemplo, excesso de renda na mão do consumidor, sem oferta de produtos suficiente para suprir esta demanda no mercado, isto é, a lei da oferta e da procura, quem tem mais, chega antes e paga mais, provocando o aumento dos preços. A inflação de custo, que é um aumento dos custos de fatores, como exemplo, um aumento nos insumos, um aumento nos salários, que acabam elevando o preço final dos produtos. A inflação estrutural, que é culpa exclusiva da má administração governamental, como exemplo podemos citar as concorrências fraudulentas, os desvios de matérias, o desperdício público e muito mais. Porém, estas inflações podem ser controladas através de políticas monetária, fiscal e cambial, além de policiamento constante sobre as atividades governamentais nas três esferas.

Mas, há um tipo de inflação incontrolável, que é a inercial, é a inflação que acumula por expectativa que vai ocorrer, como um aumento nos preços pré-estabelecidos, porque foi relatado uma expectativa de inflação x num determinado período seguinte. Ora, inflação é medida, por isto, já aconteceu, é fato passado e por medo o mercado acaba agregando um valor majorado nos preços, quando é feito a mensuração, constata-se a realidade da inflação que foi ocasionada por expectativa. Contudo, o Brasil está sabendo contornar a inflação, isto é um fato importante para o varejo, pois a estabilidade dos preços aumenta a lucratividade do varejista, que pode efetuar sua reposição de estoque de maneira consciente e promover vendas maiores para aumentar sua lucratividade.

Outro aspecto preocupante para a classe varejista é a política fiscal, pois a carga tributária sobre os produtos é muito elevada no Brasil. Isto prejudica o comércio varejista, que acaba sendo a última etapa entre o produtor e o consumidor, arcando muitas vezes com os custos dos impostos indiretos.

Tratando de impostos indiretos, como IPI, ICM e ISS, é público e notório, que estes são repassados aos pobres mortais da economia, os consumidores, porque na lógica o varejista somente retém o valor dos impostos para repassá-lo para os cofres governamentais. Por isto, denominados indiretos, os quais de qualquer forma acabam prejudicando o varejista, pois ocasionam uma elevação no preço da mercadoria, provocando uma diminuição no efeito promoções e atrativos de vendas, como descontos e redução no preço promocional. No entanto, o grande vilão tributário, ainda são os impostos diretos, como IR, IPTU, Taxa de licença, encargos trabalhistas e outros, motivo pelo qual não são repassados ao produto.

No aspecto trabalhista, um aumento na oferta de emprego é uma perspectiva atual e futura, pois devido ao crescimento econômico, as relações internacionais que o Brasil vem firmando com o mercado e com o advento de novas indústrias se instalando, com a vinda dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo no território nacional, cada vez mais será exigido um grau de conhecimento técnico por parte dos empregados. Isto traz problemas para o mercado varejista, que já não está encontrando empregados capacitados, principalmente para atendimento direto ao público. Portanto, mais caros serão os empregados, sejam, por pressões sindicais, gastos com capacitação técnica ou elevação nos salários, que acabam resultando em mais encargos trabalhistas.

Contudo, a perspectiva Brasil é positiva, podendo o varejista ampliar suas atividades, desde que tenha sempre em mente que as características do mercado estão mudando, o consumidor está mais exigente e procura preços mais justos de mercado, e até mesmo pela competitividade do mesmo. Procurando aumentar seu lucro, fazendo uma análise financeira, agregada a uma contabilidade de custos e auditando suas contas e estoques, para não cair no erro de achar que está ganhando dinheiro e está simplesmente circulando o mesmo sem lucro, por isto, a necessidade de consultorias especializadas.


Nota do Editor: Reinaldo Clementino de Souza é economista e professor da ESAMC Santos.

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