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Polícia e Segurança
10/08/2012 - 18h03
Segurança patrimonial: questão pública e privada
José Adir Loiola
 

Notícias sobre os recentes assaltos a condomínios, bares e restaurantes geram intensa polêmica na sociedade. Afinal, a quem de fato cabe a responsabilidade de garantir a segurança destes estabelecimentos? Essa é a questão que anima os debates. Sabe-se que, atualmente, a violência lidera o ranking dos problemas sociais e os esforços da segurança pública não têm sido suficientes para diminuir as taxas de criminalidade.

Essa é mais uma demonstração de que o Brasil carece de ação mais enérgica e global para enfrentar a onda de violência que assola as regiões do país, principalmente, envolvendo homicídios de crianças e adolescentes. O Mapa da Violência 2012 revela que de 1981 a 2010, mais de 176 mil crianças e adolescentes foram assassinados. A taxa passou de 3,1, na década de 80, para 13,8, em 2010, de cada 100 mil. Muitos são os fatores que contribuem para o aumento da violência que, inclusive, extrapolam as fronteiras da segurança pública, e que continuam sob a égide do poder público. Desigualdade social, epidemia de drogas e facilidade de acesso a armas de fogo geram o cenário favorável.

Se o crime contra pessoas vem aumentando nos últimos anos, contra o patrimônio cresce incontrolavelmente. O ano de 2012 começou batendo recordes em números de roubos ao patrimônio, no Estado de São Paulo. O primeiro semestre teve cerca de 4% mais casos que o mesmo período de 2011. No ano passado, ao todo foram 1.155.578 ocorrências, 6% a mais que em 2010. Diante deste cenário, é difícil estabelecer quais devem ser as prioridades da segurança pública.

Sobra ao cidadão uma opção para se prevenir contra as ocorrências: investir em recursos de segurança. Foi a partir desta necessidade, inclusive, que a atividade de segurança privada surgiu no Brasil, na década de 60. Na época, a preocupação era diminuir os assaltos a bancos, principais alvos do momento, que tiveram de recorrer aos serviços de empresas de segurança para diminuir os casos. Atualmente, as instituições financeiras são obrigadas a montar um plano de segurança, podendo ser multadas em caso de descumprimento.

Não que deva se obrigar condomínios, bares e restaurantes a empregar quadros da segurança privada, mas o caso dos bancos deveria servir de exemplo de como a prevenção gera resultado, algo que não tem sido levado em conta por estes estabelecimentos. Nos EUA, a cultura preventiva já é bastante difundida, ao contrário do Brasil. Lá a segurança privada é vista como grande parceira da segurança pública, pois desempenha atividades que a polícia não tem vocação ou recursos para realizar. Aqui, esta parceria ainda não é totalmente compreendida, mas é uma realidade que tende a se expandir mundialmente.

Não se trata de privar o poder público de suas responsabilidades sobre a segurança dos cidadãos. Porém, já não se pode negar que a proteção pessoal e patrimonial são razões que valem o investimento. Também é papel das instituições privadas garantir um ambiente seguro aos seus clientes. Condomínios têm de estudar seu espaço físico para descobrir seus pontos vulneráveis e tomar medidas preventivas adequadas, devendo, ainda, contratar profissionais qualificados e com boas referências. O mesmo vale para bares, restaurantes e demais estabelecimentos. Se a segurança pública não atende aos interesses pessoais ou particulares, aqueles que não querem fazer parte das estatísticas precisam, definitivamente, refletir sobre o real valor da prevenção.


Nota do Editor: José Adir Loiola é presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo - Sesvesp.

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