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Opinião
20/08/2012 - 07h08
Greves
Célio Pezza
 

De acordo com um levantamento do Dieese, entre 2009 e 2010 o Brasil teve 964 greves, a maior parte no setor público. Também temos que considerar que uma greve numa empresa privada é resolvida rapidamente, mas uma greve no serviço público, muitas vezes se arrasta sem solução por meses.

O Dieese alegou que a falta de regulamentação de negociação no setor público é um dos agravantes quanto ao final das greves. Este número vem aumentando e deve bater recordes em 2012, com as recentes greves que vemos por todos os lados. Greves de policiais, caminhoneiros, professores, médicos, hospitais, metroviários, Receita Federal, funcionários do INSS, IBGE, judiciário etc. O Brasil quer ganhar a medalha de ouro nesta olimpíada de greves, sem dúvida.

A incapacidade do governo em resolver este problema é cada vez mais evidente e o cidadão comum fica a mercê destes movimentos. Como já dissemos, os servidores públicos são os campeões das greves e elas se estendem por meses em prejuízo do contribuinte. Apesar dos discursos inflamados dos defensores das greves, como mecanismos legítimos dos trabalhadores, não vejo como explicar para uma mãe que perde um filho por falta de atendimento em um hospital da rede pública, que ele morreu por causa de uma greve justa, daqueles que deveriam lhe prestar socorro. Como explicar para um aluno sem aulas por três meses, que ele vai perder sua bolsa de estudos no exterior, pois não vai se formar devido a uma greve na sua universidade? E isto está acontecendo neste Brasil das greves.

Como explicar para um cliente no exterior que sua mercadoria vai chegar atrasada, pois a Receita Federal ou os caminhoneiros estão em greve? A empresa perde o cliente, que passa a comprar de um país mais sério, alguém perde o emprego e o Brasil perde divisas. Mesmo com tudo isto, alguns políticos vêm nos dizer que o Brasil é muito sério, competente e dá exemplos para o mundo. Podemos ganhar em remessas ilegais de divisas (já somos o quarto colocado no mundo), em superfaturamentos de obras em geral, em corrupção, em greves, em discursos vãos e muitos outros quesitos, mas perdemos para muitos países em seriedade e boa aplicação dos recursos públicos.

Para descontrair, sugiro algumas greves interessantes, tais como: greve dos operadores de telemarketing que nos incomodam todos os dias, greve dos políticos que passam os dias fazendo acordos e negociatas, greve dos sindicalistas que adoram promover greves à custa do emprego alheio, greves dos bandidos e muitas outras que seriam benéficas para o cidadão de bem.


Nota do Editor: Célio Pezza (www.celiopezza.com) é escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Nova Terra - Recomeço.

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