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Opinião
27/08/2012 - 07h11
Greves - a bagunça continua
Célio Pezza
 

No início de agosto fiz uma crônica sobre as greves no Brasil. Na ocasião falei que o Brasil é um campeão de greves, em especial no serviço público. Após a publicação da crônica em questão, recebi vários e-mails, sendo um deles de um empresário que me dizia estar cansado de tanta bagunça neste país e achava que era o momento da classe empresarial entrar em greve, pois o empresário honesto faz de tudo para seguir em frente e o governo faz de tudo para apagar seu ânimo. É desanimador, dizia ele.

Além de pagarmos os maiores impostos do mundo, não temos como nos livrar de problemas como greves de tudo que existe na área pública. São greves de fiscais, de professores, médicos, policiais, agentes da alfândega, aeroportos, enfim, além das complicações normais do país, ainda temos que aturar este bando de grevistas por todos os lados. O país está parando, a economia diminuindo a cada dia e o governo não dá aquilo que a classe empresarial séria merece, ou seja, respeito e bom serviço.

Muitos esquecem que um empresário é, antes de tudo, um ser humano, que como qualquer cidadão, cansa desta bagunça. Obviamente estou falando dos empresários sérios, que recolhem seus impostos e fazem seu papel no desenvolvimento do país. Sabemos que existem empresas sem escrúpulos, que nem impostos recolhem e, anos depois, com a maior cara de pau, fazem um acordo com o governo para obter um perdão ou uma diluição da dívida por anos a fio. O pior é que o governo faz estes acordos e, desta forma, premia os ladrões e pune os homens sérios deste país.

Voltando ao tema central, vimos que todas as categorias tem assegurado o direito à greve, mas uma greve de empresários configura um crime. É o chamado lockout, proibido por lei. Se não é crime um hospital deixar o povo morrer nas ruas, porque seus atendentes estão em greve? Não é crime deixarmos uma empresa exportadora perder seus negócios devido a uma greve de agentes da receita federal? Não é crime deixar cidadãos morrerem nas mãos de criminosos durante uma greve da polícia? Não é crime contra a nossa inteligência, assistirmos a essa palhaçada do famigerado mensalão? Não é crime assistirmos ao circo montado em volta da Copa do Mundo e seus superfaturamentos?

Senhor empresário que me escreveu, concordo com suas colocações e também não vejo saída nesta atual conjuntura política. Temos que mudar e mudar radicalmente. As eleições estão chegando e dentro do processo democrático só nos resta votar no melhor entre os piores e procurar, passo a passo, separar a escória dos homens honestos, livres e de bons costumes.


Nota do Editor: Célio Pezza (www.celiopezza.com) é escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Nova Terra - Recomeço.

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