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Opinião
29/08/2012 - 12h16
Segurança nutricional: a lição completa
Coriolano Xavier
 

Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, anualmente mais de 200 milhões de crianças menores de 5 anos não atingem seu pleno potencial cognitivo e social, enfrentando níveis de desnutrição (grave ou crônica) suficiente para retardar o crescimento e interferir no estímulo ao aprendizado.

Para uma sociedade, quando os efeitos da desnutrição infantil se manifestam (bem mais tarde), isso tende a representar baixa produtividade do capital humano, com menor capacidade de realizar trabalho físico e menor agilidade mental. Ou seja: alimentação adequada na infância significa uma economia mais dinâmica e com maior potencial gerador de riqueza, provavelmente com melhores profissionais e melhores salários.

No fundo, todo mundo sabe disso, pois os dados científicos e a mídia corroboram a cada dia o significado cruel da insuficiência alimentar infantil, para os sonhos de bem estar das nações pobres e emergentes - e também para as metas de sustentabilidade e harmonização da economia global.

Em segurança alimentar, o Brasil vem fazendo a lição de casa. Reduziu o índice de menores de 5 anos com baixo peso para 1,8% (Estudo Saúde Brasil 2009, do Ministério da Saúde) e já atingiu um dos objetivos do milênio, definidos pela ONU - Organização das Nações Unidas: erradicar a extrema pobreza e a fome.

Mas parece que falta ainda um engajamento emocional firme com a bandeira da segurança nutricional, tanto no Brasil como em outros quadrantes do mundo, seja por parte dos indivíduos, ou de governo, empresa, mídia e organizações da sociedade civil.

A base de uma boa nutrição começa por infraestrutura adequada e eficiência na produção e distribuição de alimentos. Depois requer elasticidade de renda (o que envolve políticas de inclusão social) e também educação e qualidade de informação - para reduzir o impacto da alimentação errada e do desperdício.

O primeiro desafio nós cumprimos com louvor e sustentabilidade. Por exemplo: nos últimos 20 anos aumentamos de 45% a 70% produtividade do algodão, arroz, milho, soja e trigo - a ainda reduzimos em 66% o consumo de óleo diesel durante a safra. O Brasil também avançou na distribuição de renda, universalizou a oferta de alimentos, mas ainda ficou a dever na logística - o que onera a cadeia e o consumidor.

A segurança nutricional pode melhor expressar a contribuição do capital humano para o crescimento econômico sustentável. A chave está no equilíbrio entre infraestrutura, produção do campo, poder de compra e educação. Principalmente esta última, pois ela vai potencializar o homem, este sim o fator com maior poder real de alavancagem da sustentabilidade.


Nota do Editor: Coriolano Xavier - Membro do CCAS - Conselho Científico para Agricultura Sustentável, Professor do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing.

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