| Hugo Simeão |  | | | A invasão da praia Grande, em Ubatuba (SP), num dia sem sol. |
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Mais uma vez, como ocorre a cada mudança de administração municipal, nós é que pagamos o pato. Para quem pode ser guaruçá e, esconder-se sem sair de casa, tudo bem. Para quem pode viajar para fora, melhor. Para quem depende financeiramente da temporada e, precisa conseguir trabalhar e faturar durante o caos é que são elas. O lixo fica, o trânsito para, buracos permanecem, lombadas eternizam-se, faixas duplas afrontam, esgotos vazam, decibéis enlouquecem e, freqüentadores de quiosques da praia Grande urinam em grupos (afrontosamente) para alegria dos gays interessados. Marmanjos rebolam, nas boquinhas das garrafas. Os rodoviários seduzidos pelos traseiros seminus das barangas, não disfarçam e, abandonam suas missões, para dedicar-se à concentração principal: bundas! A cada ano, o número de pessoas aumenta. A infra-estrutura continua a mesma que nunca tivemos (para os 80.000 moradores) imaginem, para 800.000 visitantes. Destes, centenas de milhares de visitantes, apenas uns poucos (e desavisados) são turistas. Pobres turistas pagantes. Destes poucos e, cada vez mais raros pagantes, é que somos dependentes. Pro turismo (desta forma) não serve e não volta nunca mais. Para os moradores, é custo. Para colocar a cidade em ordem vão utilizar dinheiro dos moradores. Tudo, para eles, sairá do IPTU. Errar, tudo bem. Quem não erra? O pior é permanecer no erro. E é assim que estamos indo e, com a nova administração, definitivamente, esperamos mudar. Mudar radicalmente. Melhorar o nível dos freqüentadores, com sofisticação nos espaços e nos serviços. COBRAR (esta deverá ser a palavra chave. Cobrar para usar. Embora, muita gente acredite que precisamos de tanta gente e não saiba distinguir, veraneio predador (não o veranista de verdade) de turismo, definitivamente com esta quantidade e, desta forma, não dá. Turismo se faz apenas com turistas. Isso que está aí é invasão, bagunça, sujeira, lixo, custa muito alto, para os moradores, para o meio ambiente e, para a natureza. Um desrespeito por nós e, pela a nossa cidade. Esta mais do que na hora do poder público enfrentar este crescente problema, de frente. Chega de termos como base, um passado de protelações. Ação! Nossos sonhos são com ação e ousadia.
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